Copos Stanley serão comercializados com selo contra versões piratas

Confira série de dicas para identificar um copo Stanley falsificado e evitar golpes.

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Por João Paulo Silva Publicado em 27/12/2023, 12:52 - Atualizado em 27/12/2023, 12:52
Stanley/Divulgação Siga no Google News

Em tempos de compras pela internet, do “boom” dos anúncios e da hiper exposição de pessoas e hábitos de consumo nas redes sociais, é de se presumir que ainda não haja quem não saiba o que é um copo Stanley.

O corpo térmico produzido em aço inoxidável e que chega a custar quase R$ 200 virou febre no país e promete entregar o óbvio: manter frias as bebidas frias e quentes a bebidas quentes. Ao mesmo tempo, o produto tem criado dor de cabeça aos seus fabricantes.

De acordo com publicação da revista Exame, o aumento das falsificações de copos Stanley no Brasil, que seguiu o crescimento da marca no país, fez com que a Pacific Market International (PMI), dona da marca, fortalecesse as ações de prevenção e contenção das atividades ilegais envolvendo o produto.

A matéria revelou também que desde 2021, a empresa usa no país uma ferramenta de inteligência artificial (AI) que faz varreduras online e derruba anúncios de produtos falsificados em e-commerces e redes sociais. Desde o início dos trabalhos, a solução já derrubou 65 mil links, sendo 15 mil apenas nos primeiros meses de 2023.

Outra estratégia criada para bater de frente com a pirataria foi a contratação da marca de um escritório de advocacia para fortalecer as ações junto ao poder público. O escritório entra na organização das denúncias e formação de dossiês com informações sobre lugares que comercializam produtos de origem ilícita.

As ações saíram do mundo virtual e partiram para os pontos de venda. A primeira delas foi realizada na 25 de Março, região de São Paulo com grande concentração de comércios, e encontrou produtos falsos em 15 estabelecimentos da região.

Pedro Ipanema, vice-presidente de Marketing da PMI, empresa responsável pela marca desde 2002 explicou que "antes, a maior ameaça era online, nas mídias sociais e marketplace, mas os produtos começaram a aparecer nos pontos de venda de forma expressiva".

Ainda de acordo com Ipanema, outras três ações do tipo já estão previstas. A ideia é que, aos poucos, todo o Brasil seja contemplado por elas. “Acho que o grande furo será quando a gente pegar o depósito que vendeu para essas pequenas lojas”, afirmou Ipanema.

A logística de falsificação do produto segue um padrão. Os pedidos saem do Brasil e quem cuida da produção dos itens são as fábricas localizadas na China. O copo pirateado entra no país por rotas diversas, enganando a fiscalização em portos ou cruzando fronteiras.

Apesar de muitos brasileiros taxarem a stanleymania de frívola e brega, como afirmou o colunista da Folha de São Paulo, Marcos Nogueira, entre os cinco maiores mercados em faturamento para a marca, o Brasil é o que mais a falsifica. Os números explicam as tecnologias antifraudes da PMI utilizadas primeiro no país.

Outra estratégia: o desenvolvimento de um selo anticópia também fará sua estreia no país. A tecnologia foi desenvolvida pela SICPA Holding, empresa suíça especializada em tintas de segurança para moedas e produtos.

Para os novos consumidores do copo com tecnologia de isolamento que já foi usada no transporte de órgãos para transplante e sêmen, os copos e garrafas começam a chegar no mercado com dois selos. O primeiro, na parte externa da embalagem, muda de cor e enunciado de acordo com o ângulo de visão. Já o segundo, nos próprios produtos, direciona para um aplicativo proprietário em que o consumidor pode checar sua autenticidade.

A etiqueta, de acordo com Ipanema, se destrói caso alguém tente tirá-la para colocar em outro produto: “Ao mesmo tempo, aguenta uma quantidade boa de lavagens, até em máquina de lavar e altas temperaturas”. Levará um tempo, no entanto, para que os novos modelos estejam em grande parte das lojas, uma vez que muitas delas ainda têm estoque.

O Site Confiável, um portal de notícias, dicas de segurança e uma ferramenta para ajudar consumidores e empresas no processo de compra e venda enumerou uma série de dicas para identificar um copo Stanley falsificado e evitar golpes, confira:

  • Prefira sempre comprar em sites conhecidos na internet, desconfie de anúncios nas redes sociais e links compartilhados no WhatsApp;
  • Verifique a reputação da loja em sites de reclamações como o Reclame Aqui;
  • O preço está muito barato? Desconfie. No geral a loja oficial e os revendedores autorizados seguem um padrão de preço, que oscila para um pouco mais barato e um pouco mais caro, se estiver muito barato, não compre;
  • Evite sites internacionais;
  • Mesmo que a loja seja conhecida e a imagem do anúncio na loja mostre um copo da Stanley, leia o título e a descrição do anúncio e verifique se é realmente da marca Stanley, talvez seja uma réplica;
  • Por último, se você já comprou, verifique se há informações de identificação na estrutura do copo. Segundo a própria marca, se for feito de aço polido, o produto é falsificado, os produtos Stanley no Brasil apresentam o símbolo impresso ou pintado; se foi feito a laser não são produtos originais;
  • Se você recebeu um produto falsificado, informe a loja, faça a devolução e peça seu dinheiro de volta.

Com informações da revista Exame

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