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Comemoração do Bicentenário da Imprensa de Ouro Preto/ imprensa mineira

Evento contará com homenagens e mesa redonda mediada pelo historiador Moacir Maia.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 18/10/2023, 17:47 - Atualizado em 18/10/2023, 22:23
Arte reprodução / Divulgação. Siga no Google News

Dia 13 de outubro de 1823, quarta-feira, foi inaugurada a imprensa ouro-pretana e mineira. Saiu às ruas da capital Ouro Preto o primeiro jornal impresso na Província de Minas – Compilador Mineiro, da Tipografia Patrícia e Barbosa. Foi um veículo de debate político, com circulação trissemanal. Centenas de outros títulos em diferentes modalidades o seguiram pelo século XIX afora.

A imprensa não decorre apenas do domínio gráfico, técnico e operacional, mas deve ser considerada no âmbito de uma cultura impressa. Ou seja: uma sociedade dotada de recursos intelectuais e materiais de produção e circulação de textos, ampliados no campo artístico, visual, gráfico, refletindo complexidade de ideias e debates. Por isso, correspondem-se os significados de cultura impressa e cultura urbana em que a imprensa é uma das instituições fundamentais de opinião e formação do leitor.

O século XIX a tem como índice de modernidade, lugar da velocidade, multiplicação da informação e espaço da reflexão, expressão do múltiplo e do contraditório, do confronto e debate de ideias, projetos, propostas, tendências e múltiplas expressões da sociedade e da vida. A imprensa periódica do século XIX formou o leitor moderno, quer do ponto de vista estético – o propagador dos mais variados gêneros textuais – como o leitor crítico de conquistas sociais, políticas, científicas, jurídicas, geográficas e tantas outras. Fez circular o livro e ampliar o conhecimento do mundo.

Em Ouro Preto, o marco inicial da imprensa foi, precocemente, a confecção de um pequeno livro - o Canto Encomiástico, aberto a buril, em 1807 pelo Padre Viegas de Menezes, mas que prenunciou certamente a criação da tipografia que, em 1823, lançava o primeiro periódico de Minas Gerais: Compilador Mineiro.

O tema do bicentenário desse acontecimento será apresentado em mesa redonda com cinco apresentações.

A primeira fará abordagem o surgimento do leitor na imprensa de Ouro Preto. Seguem-se as apresentações de pesquisadores que se debruçaram sobre o campo da imprensa como objeto de dissertações de mestrado em História e Comunicação, desenvolvidos na UFOP.

Abordarão aspectos relevantes da imprensa no século XIX:  a) debate sobre educação pública nas páginas dos periódicos das décadas de 1870 e 1880; b) atuação do empresário Paula Castro na imprensa de Ouro Preto, c) a representação do negro no Estrela Marianense, primeiro jornal de Mariana; d) aspectos demográficos de Ouro Preto no XIX.

A mesa terá duração máxima de 1 hora e meia. Cada apresentador terá 15 minutos de exposição. O mediador apresentará os temas e os apresentadores, podendo interferir, para esclarecer, ou reconduzir o fio da discussão. Ele deve avaliar a pertinência de debate (perguntas, respostas, apartes) com o público.

Programação.

Data: 25 de outubro de 2023

Horário: 10h
Local: Biblioteca Pública de Ouro Preto – Rua Xavier da Veiga, 309 – Centro – Ouro Preto – Minas Gerais

1. MESA DE ABERTURA

Prefeito Municipal de Ouro Preto: Angelo Oswaldo
Vice-Prefeita Municipal de Ouro Preto: Regina Braga
Prefeito Municipal de Itabirito: Orlando Caldeira
Prefeito Municipal de Mariana: Celso Cota
Secretária Municipal de Educação de Ouro Preto: Déborah Etrusco
Diretor da Biblioteca Pública de Ouro Preto: Cleusmar Fernandes

2.   Homenagem ao Prefeito Municipal de Itabirito, Orlando Caldeira, pelo Centenário de Emancipação de Itabirito – Minas Gerais.

3. Apresentação e lançamento do livro IMPRENSA DE OURO PRETO NO SÉCULO XIX, de Francelina Drummond.

4. Mesa-redonda: 

A CULTURA IMPRESSA: JORNAIS E REVISTAS MODERNIZAM OURO PRETO

Composição:

a) Mediador: Historiador e pesquisador Moacir Rodrigo de Castro Maia.

Expositores:

b) Robson Ferraz: Typographia de J. F. de Paula Castro: entre a imprensa e a política.
c) Danilo Araújo Moreira: Entre a praça pública e a tipografia: o debate sobre educação na imprensa mineira (1870-1889).
d) Thainá Teixeira da Cunha:  O negro no discurso do Estrela Marianense.
e) Francelina Drummond: Do Compilador ao Gavroche: o leitor aparece na imprensa de Ouro Preto.
f) Kátia Maria Nunes Campos: Metodologia de Pesquisa em Estudos da Imprensa Mineira.

MESA REDONDA

Moderador:

MOACIR RODRIGO DE CASTRO MAIA - historiador, doutor em História Social pela UFRJ, mestre pela UFF e graduado em História pela UFOP. Coordenador do projeto Senhores de Suas Casas, com enfoque da população negra mineira, no CEDEPLAR/UFMG. Integra grupo de pesquisa sobre escravidão negra na Universidade de Vanderbilt (Estados Unidos). Foi contemplado com o primeiro lugar do Prêmio Arquivo Nacional em 2019, pela tese de doutorado sobre escravidão. O trabalho foi publicado sob o título “ De reino traficante a povo traficado”, e trata da diáspora dos courás do Golfo de Benim para Minas Gerais.

Expositores:

DANILO ARAÚJO MOREIRA – doutorando em História na UFMG, área História e Culturas Políticas, mestre em História pela UFOP (2020), licenciado e bacharel em História pela UFV. Tem interesse na área de História de Minas Gerais colonial e imperial; educação/ instrução/imprensa, educação e espaço público no século XIX.

THAINÁ TEIXEIRA CUNHA é jornalista e mestre em Comunicação pela UFOP. Sua dissertação de mestrado estuda as representações do negro no discurso do Estrela Marianense, primeiro jornal de Mariana, que circulou entre 1830 e 1832.

ROBSON JOSÉ APARECIDO FERRAZ – bacharel e licenciado em História pela UFV, mestre em História pela UFOP.  Professor efetivo de História do ensino fundamental II e ensino médio da Rede Estadual de Educação de MG. Tem especial interesse pela História da Imprensa no Império. Sua dissertação de mestrado estudou a trajetória de um dos maiores empresários da imprensa em Minas Gerais no século XIX, João Francisco de Paula Castro, que tinha negócios e tipografia em Ouro Preto.   

FRANCELINA DRUMMOND – graduada em Letras, mestre em Estudos Literários e doutora em Literatura Comparada pela UFMG, com pós-doutorado na PUC-RS, professora aposentada da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pesquisadora de cultura e sociedade ouro-pretanas, em especial imprensa e literatura. Atua na Editora Liberdade, com diversos títulos publicados.

KÁTIA MARIA NUNES CAMPOS – historiadora, doutora em História pela UFMG, com atuação em Demografia.         

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