Coisas do Cotidiano: Leia “Duas Partes”, por Antoniomar Lima

Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduado em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, visa percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana.”

Home » Coisas do Cotidiano: Leia “Duas Partes”, por Antoniomar Lima
Por Antoniomar Lima Publicado em 20/02/2025, 15:33 - Atualizado em 20/02/2025, 15:33
Antoniomar Lima é graduado em Letras (licenciatura em Língua Portuguesa) pela UFOP e já publicou dois livros de poesias. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

Duas Partes

Por uns meses morei em Ouro Preto, no bairro Taquaral. Esforcei-me para fixar residência lá, mas confesso que não me adaptei, por motivos particulares.

Entretanto, a minha admiração e respeito pelo povo e a história da cidade vive em alta. Tal já existia em mim antes mesmo de conhecê-la pessoalmente. Depois - sendo de propósito redundante -, reitero meu carinho e encanto.  

Ouro Preto é uma cidade do interior mineiro pacata, receptiva aos que vem de fora, pois, sendo conhecida mundialmente, atrai olhares de toda parte pela importância e significância de sua história que é clichê repetir aqui, detalhadamente, que seria prazeroso, mas que é uma ação impossível vista por algum olhar suspeito que incluo o meu.

Basta falar em libertação do Brasil e no mártir da inconfidência Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. 

Andar pelas igrejas, pelas subidas e descidas e pelas vielas da cidade, de certo modo, é evocar tudo que falei acima e que podemos ter uma tênue idéia lendo os livros de histórias que tratam do assunto que é um verdadeiro bailar de espírito por um tempo de riqueza e tensão. 

Tanto Ouro Preto quanto a sua co-irmã Mariana considero um descobrimento na minha curta trajetória de nômade, posso dizer assim.

Atualmente, moro em Mariana. Ao aportar aqui, me senti  acolhido pelo calor humano por intermédio dos laços de amizades que estabeleci. Em ambas as cidades tenho amigos, um pouco mais em Mariana que nem necessito dizer o motivo.

Claro, como em todas as cidades que locupletam este mundo, os problemas sociais são uma das tônicas, mas suportáveis desde o momento que não  comprometam o todo. 

Esta crônica poderia ser escrita nos aniversários de ambas as cidades aludidas, mas como elas extrapolaram e deram uma finta no tempo, mesmo não sendo esses eventos, é sempre bom, vez por outra, evocarmos as glórias que servem de exemplo para o orgulho da posteridade.

                                                     II

Como os leitores podem perceber, dividir a crônica de hoje em duas partes usando o algarismo romano. A primeira fala de duas cidades que fazem parte de muitas histórias de vida, entre as quais,  a minha. 

A segunda, com a vênia dos leitores, quero registrar o natalício de Cida Leal que na data de hoje completa sessentas primaveras de existência e que destes, mais de cinquenta por cento, tenho o prazer e alegria de estar convivendo e desfrutando de seu amor e, por isso, lhe agradeço imensamente de todo meu coração. 

Finalizo a crônica de hoje com a seguinte trova para ela:

"Que venham mais primaveras...
Estas, do que há de melhor na vida,
Estas, só do que importa deveras,
Esse é meu desejo e sonho, ao teu lado, Cida!

Laudate Dominum

Deixar Um Comentário