Coisas do Cotidiano: Leia “Frio ou Quente?”, por Antoniomar Lima

Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduado em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, visa percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana.”

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Por Antoniomar Lima Publicado em 04/07/2024, 12:25 - Atualizado em 04/07/2024, 12:26
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Antoniomar Lima é graduado em Letras (licenciatura em Língua Portuguesa) pela UFOP e já publicou dois livros de poesias. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

O clima da região dos inconfidentes é frio. Vindo dum clima quente que é o do Nordeste, lembro que no início estranhei. Custei a me adaptar, mas com o passar dos anos fui acostumando.

Cheguei à conclusão de que o ser humano é cosmopolita, isto é, vive em qualquer lugar do mundo, claro que desde que haja algum recurso natural que garanta o mínimo de sobrevivência.

No Nordeste, mesmo com todo aperreio, por exemplo, onde o calor é intenso vive muita gente; assim como em regiões extremamente geladas habitadas pelos esquimós que moram em iglus – construções feitas de neve e gelo, usada como abrigo - no Polo Norte na outra vertente do mundo.

Obviamente que o frio daqui é mais ameno do que lá, para o brasileiro mais suportável. Não creio que os esquimós estranhem nosso clima se lá onde habitam é mil vezes mais frio, talvez, eu esteja errado até que me provem o contrário.

Há quem goste desse ou daquele clima, mas convenhamos que no quente não tem como buscar o frio, situação que é possível no caso inverso.

O escritor paraibano José Lins do Rego costumava falar ‘quando faz sol tenho saudade da chuva, e quando faz chuva tenho saudade do sol’. Parafraseando o eminente autor do “Menino do Engenho”, permito-me dizer ‘no frio tenho saudade do quente, e no quente tenho saudade do frio’.

Gostos à parte e respeitando as temperaturas no intuito de aproveitá-las dentro de nossas possibilidades, creio que essa permuta é necessária, pois ambas fazem com que busquemos adaptações.

No frio ou no calor que possamos desfrutar do que há de melhor que a natureza nos proporciona e nos faça valorizá-la de um modo ou de outro e, que no final possamos externar nossa gratidão por essas dádivas que os céus nos concedem gratuitamente.

Laudate Dominum

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