Câmara de Ouro Preto intensifica debate sobre déficit habitacional na cidade

Legislativo Municipal realiza hoje (28/5), audiência pública a fim de saber como andam as negociações da Prefeitura referentes às terras “da Novelis” e “da Febem”.

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Por João Paulo Silva Publicado em 28/05/2025, 12:24 - Atualizado em 29/05/2025, 13:40
Foto – Manifestantes se concentram na Praça Tiradentes, localizada em frente à CMOP. Crédito — Reginaldo Oliveira Siga no Google News

A Câmara Municipal de Ouro Preto (CMOP) realiza nesta quarta-feira (28/5), a partir das 18h, audiência pública a fim de saber como andam as negociações da Prefeitura referentes às terras “da Novelis” e “da Febem”.

Os dois terrenos possuem áreas próprias para serem urbanizadas e abrigar, por exemplo, o programa “Minha Casa, Minha Vida”, da faixa 1 a 4. A audiência foi solicita pelo vereador Kuruzu, também conhecido como Wanderley Rossi, um grande defensor da destinação dessas terras para moradia social na cidade histórica de Minas.

Logo pela manhã, manifestantes se concentram na Praça Tiradentes, localizada em frente à CMOP, empunhando cartazes com dizeres como: “Nossa luta é por todos que não têm casa”. Também no período da manhã, o Jornal Voz Ativa conversou com Kuruzu a respeito do assunto.

Manifestantes se concentram na Praça Tiradentes, localizada em frente à CMOP. Crédito — Reprodução.

Segundo o vereador, Ouro Preto vive uma grave crise habitacional, por um lado devido ao aquecimento das atividades minerárias, que traz muita gente de outras regiões para morar na cidade. Por outro, houve um grande aumento do número de alunos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) nos últimos 15 anos.

“Com isso, quase não se encontra imóvel para alugar na cidade com destinação residencial, e, quando se encontra, o valor do aluguel é lá nas alturas. E outro ingrediente que aquece esse debate é o fato de Ouro Preto estar atravessando um intenso processo de revisão do plano diretor municipal”.

O movimento de luta por moradia, denominado “Ocupação Chico Rei”, reivindica os terrenos da antiga Febem e da Noveles, para habitação e para atender famílias de baixa renda.

“Mas não só a família de baixa renda, porque a terra é muito grande, dá para atender, só na terra da FEBEM, segundo um projeto da prefeitura, caberiam cerca de 500 unidades habitacionais. E as terras da Noveles também são enormes, e tudo em terra firme, terra já estudada, sem risco geológico. Então, é o momento de Ouro Preto avançar nessa política habitacional”, defende o vereador.

Vale destacar que a Prefeitura de Ouro Preto (PMOP) criou a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação há cerca de três anos e vem fazendo um trabalho importante. Então, somando tudo isso, pode-se inferir que Ouro Preto está madura para tratar deste assunto, que é a questão da habitação, da incidência de áreas de risco, da necessidade do desenvolvimento urbano com planejamento.

“Então, hoje realizaremos essa audiência pública, às 18 horas, na Câmara Municipal, para debater em que pé andam as negociações que a prefeitura está fazendo com a Noveles a respeito de suas terras e com o Estado de Minas Gerais sobre as terras da Febem, propriedade do Estado de Minas Gerais”, explicou Kuruzu.

Ainda segundo o parlamentar, são cerca de 300 hectares, aproximadamente 500 campos de futebol localizados na entrada de Ouro Preto, no sentido de quem vem de Belo Horizonte.

Wanderley Rossi Kuruzu aproveitou a oportunidade para agradecer publicamente “o apoio incondicional que a luta por moradia em Ouro Preto tem recebido de cada vereador e vereadora da Casa Legislativa”.

A audiência será no Plenário do Legislativo e também será transmitida ao vivo pelas redes sociais da CMOP e do Jornal Voz Ativa.

Foto - Manifestantes se concentram na Praça Tiradentes, localizada em frente à CMOP. Crédito — Reginaldo Oliveira

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