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Com a “benção de Valentim”, historiador Moacir Maia lança livro em Mariana-MG

A obra vencedora do "Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa 2019" é uma ressignificação da história dos povos africanos no Brasil, especialmente em Minas Gerais, a partir de pesquisas em documentos coloniais.

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Por João Paulo Silva Publicado em 18/07/2022, 16:13 - Atualizado em 18/07/2022, 16:18
Foto – J.B. Donadon-Leal, Aida Anacleto, Moacir Maia e Mateus Pereira. Crédito – João Paulo Silva / JVA. Siga no Google News

O historiador Moacir Rodrigo de Castro Maia lançou neste domingo (18/07), em Mariana (MG), sua terra natal, a obra “De reino traficante a povo traficado: a diáspora dos courás do golfo do Benim para Minas Gerais” no século XVIII. A tarde de lançamento contou com a participação do grupo de percussão Bença Valentim, que abriu o evento, e com a mediação de Aida Anacleto (NEABI-UFOP), Mateus Pereira (Diretor do ICHS-UFOP) e J.B. Donadon-Leal (Diretor do ICSA-UFOP).

Além de moradores, amigos, familiares, atuais e ex-colegas de trabalho, confrades e confreiras, também esteve presente na Casa de Cultura - Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, a presidente da instituição, professora emérita da Universidade Federal de Ouro Preto, Hebe Maria Rôla Santos.

Vídeo - Bença Valentim. Clique no play e assista ao trecho.

Moacir Maia lembrou o aniversário da cidade histórica que completou 326 anos no último sábado (16/07). Mariana foi a primeira vila instituída pelo poder colonial português e também a primeira cidade fundada pelo império no território que mais tarde viria a ser Minas Gerais. “A maior parte dos moradores desse território eram africanos e africanas vindos do continente por meio de uma terrível diáspora que arrastou milhões e milhões. É uma história que pertence a todos nós. Todos somos herdeiros dessa história, então temos que conhecê-la”, disse o pesquisador.

Foto - O historiador, Dr. Moacir Maia. Crédito - João Paulo Silva / JVA.

A obra vencedora do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa em 2019 é uma ressignificação da história dos povos africanos no Brasil, especialmente em Minas Gerais, a partir de pesquisas em documentos coloniais. O foco da pesquisa são as experiências vividas entre a escravidão e a liberdade mostrando ainda as estratégias de resistência desenvolvidas por esses povos, por meio do batismo cristão, dos cultos voduns e da entrada nas irmandades católicas negras.

Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa

Com o objetivo de difundir o seu acervo, o Arquivo Nacional promove bienalmente, desde 1991, um concurso de monografias, de âmbito nacional, que confere aos vencedores o Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa. O concurso de âmbito nacional e de temática livre, é aberto a pesquisadores brasileiros e estrangeiros, de nível superior, que possuam trabalhos com base nas fontes arquivísticas depositadas no Arquivo Nacional, de forma parcial ou integral.

A seleção dos trabalhos é realizada por uma comissão julgadora composta por professores doutores de comprovada experiência em pesquisa e reconhecimento acadêmico na área de Ciências Humanas. A comissão avalia os trabalhos concorrentes com base em critérios fundamentais de relevância e contribuição da pesquisa para o desenvolvimento do pensamento crítico nas Ciências Humanas, ineditismo na abordagem do tema, coerência no desenvolvimento e na organização do texto, citações, transcrições, notas, observações, referências completas das fontes e bibliografia consultadas, conforme regulamento.

Foto - Casa de Cultura - Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes. Crédito - João Paulo Silva / JVA.

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