Atingidos protestam contra impunidade sobre o crime em Mariana

A ação aconteceu no momento em que a BHP iniciou a sua defesa na Corte, em Londres.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 23/10/2024, 17:54 - Atualizado em 23/10/2024, 17:54
Foto — Reprodução. Crédito — Francisco Proner/MAB. Siga no Google News

Hoje (23 de outubro de 2024), no terceiro dia do julgamento da BHP Billiton na Royal Courts of London, atingidos/as da Bacia do Rio Doce de várias cidades, entre elas, Ipatinga, Mariana, Ouro Preto, Governador Valadares e Barra Longa, junto ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), realizaram uma manifestação em frente à sede da BHP na Victoria Street, em Londres.

Foto — Reprodução. Crédito — Francisco Proner/MAB.

A ação aconteceu no momento em que a BHP iniciou a sua defesa na Corte. O protesto destacou a importância da justiça sobre esse caso para mudar a forma como a empresa trata as populações atingidas e como exemplo para evitar novos crimes socioambientais.

Assim como no Brasil, onde a Samarco — controlada pela Vale em parceria com a BHP — responde pelo rompimento da barragem de Fundão, a empresa tem operações em diversos países, somando atividades em mais de 90 locais.

Além da manifestação, o MAB participou de reuniões com parlamentares britânicos, buscando apoio internacional para a causa.

Foto — Reprodução. Crédito — Francisco Proner/MAB.

O crime de Mariana resultou no despejo de toneladas de lama tóxica, que percorreu quase 700 km, devastando a Bacia do Rio Doce até atingir o Espírito Santo, causando destruição ambiental e social sem precedentes. No Reino Unido, a BHP enfrenta um processo que pode gerar indenizações de até R$ 260 bilhões para as vítimas, um valor significativamente maior que os R$ 170 bilhões propostos no Brasil, criticados pelo MAB. A principal queixa é a falta de participação dos/as atingidos/as nas negociações e a insuficiência das reparações propostas.

Foto — Reprodução. Crédito — Francisco Proner/MAB.

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