Mais de 4.000 professores da Bacia do Rio Doce concluem capacitação em Educação Ambiental

Docentes de cidades mineiras impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), receberam formação, em parceria com UFMG e UFOP, para abordar com cerca de 120 mil alunos temas como processos de revitalização, barragens e mineração

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 31/07/2024, 15:06 - Atualizado em 31/07/2024, 15:07
Foto — Seminário Projeto Escola do Rio Doce. Crédito — Fundação Renova. Siga no Google News

Cerca de 4.200 professores do ensino público de municípios mineiros impactados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), concluíram curso de aperfeiçoamento em educação ambiental. Agora, estão capacitados para tratar com aproximadamente 120 mil alunos, em sala de aula, assuntos como processos de revitalização, desenvolvimento e mineração e o rompimento da barragem, além da temática socioambiental de forma mais ampla. Parte dos planos elaborados pelos educadores durante a formação poderão ser utilizados por toda a rede de ensino em Minas Gerais.

Executado em parceria com a Faculdade de Educação da UFMG e com o Departamento de Educação da UFOP, o curso integra o Projeto Escola do Rio Doce. O Programa de Extensão Formação Continuada de Educadores da Rede Pública dos Municípios atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão em Minas Gerais teve início em janeiro de 2023 e um seminário no último dia 24 de julho, no auditório Neidson Rodrigues, na UFMG, marcou a finalização dessa etapa.

A formação dos professores, um curso de pós-graduação na modalidade lato sensu, alcançou profissionais da educação infantil ao ensino médio de 616 escolas públicas de 36 cidades mineiras impactadas pelo rompimento. A iniciativa integra o Programa de Educação para Revitalização da Bacia do Rio Doce da Fundação Renova, de natureza compensatória.

“O objetivo desta formação foi gerar conscientização ambiental e um maior conhecimento sobre o rompimento da barragem. O assunto estava silenciado nas escolas pelo fato de seus agentes não terem como se apropriar do tema e falar sobre ele”, afirma Thaís Herdy, coordenadora de Educação, Cultura e Turismo da Fundação Renova.

Ao longo da formação, que teve duração de seis meses, em formato híbrido, cada professor pode mapear a relação de escola, alunos e familiares com o rio Doce e com o rompimento da barragem de Fundão.

“Professores de quaisquer áreas puderam se inscrever. Tivemos profissionais da literatura, português, matemática, geografia. Essa transversalidade possibilita diferentes formas de lidar e trabalhar com o tema”, afirma Thaís Herdy.
Parte dos planos desenvolvidos em sala de aula receberão fomento, serão reunidos e disponibilizados em uma publicação para acesso de todos os educadores da rede pública em Minas. Uma das propostas, inclusive, já integra o cardápio de matérias eletivas do novo Ensino médio no Estado.

Seminário

No seminário na UFMG, foram apresentados seis trabalhos de conclusão de curso. Participaram do evento cerca de 200 professores, representantes de Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, da Fundação Renova, além de membros das duas universidades.

O Programa de Extensão e Formação Continuada de Educadores tem um investimento aproximado de R$ 50 milhões em Minas Gerais e no Espírito Santo. Além da continuidade do curso de especialização, há a oferta de bolsas de mestrado e doutorado até 2028.

Foto — Seminário Projeto Escola do Rio Doce. Crédito — Fundação Renova.

Fundação Renova

A Fundação Renova foi instituída por meio do Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, e os governos Federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo.

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