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Operação Contenção: Confrontos deixam 64 mortos e instalam caos no Rio de Janeiro

Número de indivíduos detidos na operação já superou a marca de 100 presos.
Publicado em Brasil
Data de publicação: 28/10/2025 18:09
Última atualização: 28/10/2025 18:12
Foto — Reprodução/Redes sociais.
Foto — Reprodução/Redes sociais.

O Rio de Janeiro viveu um dia de tensão e violência com a escalada da Operação Contenção nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, deflagrada na madrugada desta terça-feira (28/10). O balanço oficial mais recente, divulgado pelo Palácio Guanabara, aponta para um número dramático de 64 mortos nos confrontos.

Entre as vítimas, infelizmente, estão quatro agentes de segurança: dois policiais civis e dois militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que tombaram em tiroteio na área de mata do Complexo do Alemão.

Balanço da Operação: Perdas e Apreensões

Em resposta à intensa mobilização das forças de segurança, a Polícia Militar convocou a totalidade de seu efetivo, incluindo o pessoal do setor administrativo, para reforçar os quartéis e as ações. O número de indivíduos detidos na operação já superou a marca de 100 presos, muitos dos quais seriam integrantes de uma facção criminosa oriunda do Pará, no Norte do país, que buscavam refúgio no território fluminense.

A ação policial resultou em uma significativa apreensão de material bélico. Até o momento, mais de 75 fuzis, além de pistolas e granadas, foram retirados de circulação, demonstrando o poder de fogo dos grupos criminosos.

Terror e Bloqueios: O Caos Orquestrado pelo Comando Vermelho

Em um ato de retaliação e tentativa de desestabilização da segurança pública, a principal facção criminosa do Rio, o Comando Vermelho (CV), emitiu ordens para que seus integrantes provocassem o caos na capital. O resultado imediato foi o fechamento de importantes eixos viários da cidade.

  • Linha Amarela: Uma das mais cruciais vias expressas da cidade, ligando a Barra da Tijuca/Jacarepaguá à Ilha do Governador, na Zona Norte, teve trechos interditados. Na direção da Barra, a via foi bloqueada por criminosos da Cidade de Deus, que usaram ônibus urbanos e até uma carreta como barricadas, atirando contra veículos. A Polícia Militar também determinou o fechamento em outra área devido a tiros disparados do Morro do Dezoito.
  • Avenida Brasil: Trechos da pista lateral, no sentido Centro, foram bloqueados nas proximidades do Complexo da Maré.
  • Outras Vias: A Estrada Salazar Mendes de Morais (junto à Cidade de Deus) foi fechada nos dois sentidos, e diversas ruas em Jacarepaguá, como Estrada do Gabinal, Estrada dos Três Rios e Avenida Geremário Dantas, também ficaram intransitáveis. Na Zona Norte, a Rua Dias da Cruz, no Méier, chegou a ficar fechada por 30 minutos, e a Avenida Marechal Rondon e a Rua 24 de Maio, no Engenho Novo, foram bloqueadas com ônibus e caçambas de lixo.

A empresa Rio-Ônibus informou que mais de 50 coletivos foram utilizados como barricadas em diferentes pontos da cidade, evidenciando a dimensão da estratégia criminosa.

Inovação Criminosa e Impacto Acadêmico

Uma novidade preocupante na ação criminosa foi o uso de drones armados com bombas que foram lançadas contra os policiais, sinalizando uma escalada na tática de confrontos.

Como reflexo direto da insegurança e do caos instalado, a rotina acadêmica foi gravemente afetada. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), além das unidades estaduais da Faetec, anunciaram a suspensão de suas atividades, demonstrando o impacto da violência na vida da população carioca.

Foto — © Fernando Frazão/Agência Brasil.

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