Outras duas cidades de Minas dizem ‘não’ à privatização dos Correios

A iniciativa em repúdio à privatização da estatal, de autoria do presidente da Casa Legislativa Marcos Heleno Barcellos (PL), foi aprovada no dia 22/11.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 30/11/2021, 14:03 - Atualizado em 30/11/2021, 14:03
Foto: Fernando Frazão. Crédito - Agência Brasil.
Foto: Fernando Frazão. Crédito – Agência Brasil. Siga no Google News

Mais duas cidades de Minas se manifestaram contra a privatização dos Correios, por meio de suas Câmaras Municipais. A primeira, Dom Silvério, localizada na Zona da Mata de MG, foi o município de número 150 no estado a dizer “não” à venda dos Correios. A iniciativa em repúdio à privatização da estatal, de autoria do presidente da Casa Legislativa Marcos Heleno Barcellos (PL), foi aprovada no dia 22/11.
 
Já nesta última segunda-feira (29), a Câmara Municipal de Jequitinhonha, na região Norte do estado, aprovou iniciativa no mesmo sentido. Os vereadores Elizabete Sous França e Nathan Ribeiro Cardoso, ambos do PT, foram os autores da proposição. Com isso, o grupo de todas as cidades de Minas que já aprovaram moções contra a privatização dos Correios passa a reunir uma população total em torno de 10,10 milhões de pessoas, quase a metade do número de moradores de MG.
 
Mesmo com os Correios mostrando que são uma empresa plenamente saudável financeiramente, o governo federal insiste no projeto de vendê-la. Dados obtidos e publicados ontem (29), pelo site Valor Econômico, mostram que o lucro previsto para os Correio neste ano é de R$ 1,9 bilhão em apuração feita até setembro. Em 2020, esse valor ficou em R$ 1,5 bilhão.

O governo afirma que os compradores dos Correios terão que assumir encargos pesados de investimentos e trabalhistas, o que justificaria a venda da empresa inclusive por um valor baixo. Por esse motivo, o processo de privatização travou no Senado. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Otto Alencar (PSD), cobrou do governo dados que comprovem esse cenário. Sem eles, disse que não irá pautar mais para este ano o PL 591/2021, que trata da privatização. Ele afirmou que ainda são necessários muita discussão e esclarecimentos antes de o PL ir à votação no colegiado.

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