Abaixo-assinado reúne cerca de 185 mil apoios por vacina de herpes-zóster no SUS

Internações pela doença cresceram 31,6% no Brasil nos últimos anos.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 12/06/2024, 13:38 - Atualizado em 12/06/2024, 13:38
Foto — Reprodução / Divulgação. Siga no Google News

O Brasil registrou cerca de 2,6 mil internações por herpes-zóster em 2023, um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior, quando foram 2,3 mil ocorrências, e de 31,6% em comparação com as duas mil hospitalizações de 2021. De acordo com especialistas, o envelhecimento da população e a melhora dos serviços de saúde em identificar a doença são alguns fatores que explicam o crescimento, além da baixa vacinação, já que hoje a vacina está disponível apenas na rede privada. 

Diante deste quadro, uma abaixo-assinado publicado na plataforma Change.org, e que já conta com cerca de 185 mil apoios, pede que a vacina seja incluída de forma gratuita na rede do Sistema Único de Saúde (SUS): https://www.change.org/VacinaHerpesZosterSUS 

Apesar do nome, a herpes-zóster é diferente das herpes mais conhecidas, como a labial. Ela é causada pelo vírus varicela-zóster (VVZ), o mesmo responsável pelo quadro da catapora, ou varicela. E a maioria das ocorrências é em pessoas acima de 50 anos ou imunossuprimidas, com sintomas que envolvem dores nos nervos, formigamento, adormecimento, ardor, coceira, febre, dor de cabeça, mal-estar e lesões na pele. Em aproximadamente 10% dos casos, há dores que duram por meses ou até mesmo anos após as lesões cutâneas desaparecerem.

A petição é organizada por Sueli Guete Aguiar, 67 anos, que teve a doença há cinco anos. "Comecei com uma dor intensa, na altura do quadril, sem melhoras com fisioterapias, além de lesões na perna esquerda, até que fui diagnosticada com a doença", explica. 

Segundo pesquisas, a herpes-zóster pode levar a complicações graves, tais como: varicela hemorrágica para pessoas que possuem sistema imunológico comprometido; neuralgia pós herpética, a qual se caracteriza por uma dor que permanece mesmo após a cura das lesões da pele; ataxia cerebelar aguda, que é um problema que pode comprometer a coordenação do indivíduo; infecções bacterianas secundárias na pele, as quais podem levar problemas como artrite, endocardite, meningite e pneumonia; infecção do feto; síndrome de Reye, a qual se destaca pela inflamação do cérebro; além de complicações oftalmológicas, como necrose aguda da retina, conjuntivite e esclerite.

"Tive também o diagnóstico de esclerite, dado pelo oftalmologista, na mesma época que foi diagnosticado com herpes-zóster. E sofro de tonturas, que é o que mais me limita. Aliás, nunca nenhum exame descobriu os motivos das tonturas", completa Sueli. 

No abaixo-assinado, ela afirma também que a vacina contra contra a doença, hoje disponível apenas na rede privada, é muito cara e exige duas doses. "A vacina é muito importante para que as pessoas possam ter uma melhor qualidade de vida, porque o que sobra da herpes- zóster, após o tratamento, são as sequelas desagradáveis. Por ser uma vacina de alto custo, elaborei essa petição para pedir ao Ministério da Saúde que tenhamos, através do SUS, acesso à vacina contra herpes-zóster para toda a população brasileira", conclui. 

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