Allan Almeida Jornalista Especialista em Comunicação estratégica e branding Essa semana, atrasei minha coluna propositalmente. Já tinha o texto redigido na segunda-feira, enaltecendo as conquistas celeste no futebol nacional, em meio ao domínio do eixo Rio-São Paulo. Mas as saídas do técnico Mano Menezes para o futebol chinês e de alguns jogadores do plantel celeste, me fizeram deletar as linhas escritas anteriormente. Ontem fomos comunicados sobre a dispensa dos medalhões Leandro Damião, Júlio Baptista e Ceará e da eterna promessa Charles. Desses, talvez o único que merecesse uma nova chance fosse o lateral-direito. Por sua técnica, segurança e experiência, valesse a pena renovar o contrato. Acredito eu que o fator idade tenha pesado mais. Se a dispensa dos medalhões possibilitam a oxigenação do elenco, a saída do técnico Mano Menezes nos fazem retornar à estaca zero. Quando chegou ao Cruzeiro, sua missão a curto prazo era salvar a equipe no Brasileirão. Porém, o maior desafio era a longo prazo, levando o maior de Minas ao reencontro das conquistas. Todo planejamento de trabalho já focava 2016. Não podemos crucificá-lo por sua escolha. O futebol da China é hoje o que foi há alguns anos o futebol árabe. Praça sem muita expressão no esporte, mas com muito dinheiro rolando, atraindo atletas e treinadores de todo o planeta. O futuro de Mano Menezes está definido. Vai encher o bolso na China. Dirigirá um time com grande expressão no país. Terá uma forte equipe em mãos. Terá muito mais chances de obter retorno em um prazo menor que no Cruzeiro. Se na pior das hipóteses não conquistar nada, ganha experiência internacional. Isso dará mais força para seu retorno ao Brasil e quem sabe um dia à Seleção. O futuro do Cruzeiro volta a ser uma icognita. Sem Mano e com poucas fortes opções no mercado, temo que o projeto a longo prazo vá para a China também. Neste caso, em sentido figurado. Uma escolha errada e mais uma temporada vai para o lixo. Rumores na imprensa mineira dão o nome de Deivid como o mais certo. Pelo tempo que está no dia a dia do Cruzeiro e pelo recente ingresso na área técnica afirmo que não é o momento para assumir essa missão. Ao contrário dos corneteiros de plantão, não vou fazer minhas apostas. Vou deixar o anúncio oficial ocorrer. Tenho minhas preferências e rejeições pessoais. A escolha pode não estar entre as minhas desejadas. Mas que seja algo certeiro, para que o projeto idealizado por Mano e sua comissão não continue a longo prazo, para ser executado sabe-se lá em que dimensão do tempo. Toda a China Azul em oração, para que o melhor para o time celeste seja definido rápido!
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