Um ippon no preconceito: Atleta com síndrome de Down acende pira nos jogos escolares em Ouro Preto-MG

Lucas Vieira faz parte do programa “Judô para todos, um ippon no Preconceito” voltado ao desenvolvimento e bem-estar da pessoa com deficiência.

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Por João Paulo Silva Publicado em 29/03/2019, 14:57 - Atualizado em 03/07/2019, 22:50

Foto-Abertura dos Jogos Escolares de Ouro Preto
Crédito Ane Souz

Inclusão, esporte e educação. O trinômio marcou presença na abertura dos Jogos Escolares de Ouro Preto (MG) no começo da semana. A abertura do evento aconteceu na manhã desta segunda-feira com cerimônia no Ginásio do OPTC. Ao todo, 16 escolas públicas municipais e duas particulares participam dos jogos, de acordo com informações da prefeitura da cidade. A tocha olímpica foi acendida pelo aluno do projeto Judô de Ouro, da Fundação Aleijadinho, Lucas Vieira.

O atleta faz parte do programa batizado como “Judô para todos, um ippon no Preconceito”, fruto da parceria firmada entre a Fundação Aleijadinho e APAE Ouro Preto e tem como objetivo promover o bem-estar e o desenvolvimento da pessoa com deficiência por meio de aulas semanais de judô.

O sensei Carlos Simões, treinador da Fundação Aleijadinho explica que ippon é um termo bastante utilizado nas artes marciais e que o seu significado seria algo parecido com “um golpe perfeito”.

“Em pleno século XXI é preciso que haja muito mais inclusão e respeito às diferenças. Aliás, ao contrário do que imaginamos, pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. O esporte é um ótimo caminho para a pessoa com deficiência e, certamente, a fará avançar com crescentes níveis de realização e autonomia”, disse o sensei.

Estatísticas

De acordo com o site Movimento Down, uma iniciativa do MAIS – Movimento de Ação e Inovação Social, realizado em parceria com o Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, não existe ainda no país uma estatística específica sobre o número de brasileiros com síndrome de Down. Uma estimativa pode ser levantada com base na relação de 1 para cada 700 nascimentos, levando-se em conta toda a população brasileira. Ou seja, segundo esta conta, cerca de 270 mil pessoas no Brasil teriam síndrome de Down.

Atividades

O projeto “Judô para todos, um ippon no preconceito” tem suas atividades realizadas no Centro de Treinamento Hussein Motawh, sede da Fundação, que fica localizada na Rua Hugo Soderi, nº 21, Saramenha. Além das aulas semanais a Fundação disponibiliza os uniformes (judogui).

No dia 21 de março foi comemorado o Dia Internacional da síndrome de Down.

Foto-Abertura dos Jogos Escolares de Ouro Preto. Crédito Ane Souz

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