No sábado, às 16h30, no Mineirão, Atlético e Cruzeiro medem forças na decisão do Campeonato Mineiro. Além disso, o alvinegro que foi campeão das duas últimas edições contra Tombense e América poderá alcançar um feito que ainda não ocorreu neste século. Nenhum clube mineiro conquistou o estadual por três anos seguidos nos anos 2000. O último tricampeonato foi do rival entre 1996 e 1998. O Galo, por sua vez, nunca foi tri, mas tem na sua história um pentacampeonato entre 1952 e 1956, e o hexacampeonato, entre 1978 e 1983 com o esquadrão comandado por Reinaldo & cia.
O que esperar da partida?
De um lado, haverá o Cruzeiro que vai entrar no gramado para dar a vida em campo, ao mesmo tempo, isso só tem utilidade se houver um mínimo de organização, um senso coletivo forte e um desempenho individual minimamente aceitável.
Em outra ponta, estará o Galo com seus super-heróis em mais uma batalha. Apesar disso, ressalto que a diferença técnica por si só não vence confrontos desse calibre. Por isso, os jogadores do alvinegro precisam entrar concentrados, com vontade e não podem deixar o adversário crescer ganhando as divididas. O favoritismo é do Atlético, mas a equipe vai ter de fazer tal argumento prevalecer dentro de campo. Ou seja, os jogadores precisam mostrar a qualidade que tem e também fazer uso dos atributos citados acima, tais como: dedicação, empenho, organização e concentração.

Mesmo que o cenário indique um jogo de ataque contra defesa, podemos ter um bom espetáculo. Dessa forma, imagino que o Atlético vai ter mais a posse de bola e pressione o adversário por períodos mais longos. Contudo, o treinador cruzeirense não parece ser um treinador que abdica do ataque e o jogo também não permitirá que o rival atue desse modo.
Sendo assim, espero ver o Cruzeiro buscando situações para contra-atacar, como por exemplo, Vitor Roque atuando nas costas do Guilherme Arana.
Arbitragem
O escolhido para apitar a decisão foi Felipe Fernandes de Lima, de 34 anos. Formado em educação física, o jovem arbitro integra a equipe de arbitragem da (FMF) Federação Mineira de Futebol, desde 2015.

Este mesmo árbitro apitou o clássico realizado na 1ª fase, em 2020, quando o Atlético bateu o Cruzeiro por 2x1. A final de sábado também não será a primeira de Felipe, no ano passado, ele também foi o escolhido para um dos confrontos contra o América. Por isso, muitos torcedores relembram de uma entrevista pós-jogo do Hulk, na qual o camisa 7 reclamou de um cartão amarelo.
Enfim, me parece desnecessária essa pressão pré-jogo na arbitragem. O que os jogadores e torcedores do Atlético não podem fazer é justamente cair nessa pilha de arbitragem e de iniciar o jogo reclamando, pois é uma forma de mexer com o aspecto mental de um time que é claramente superior.
Torcida
A decisão em jogo único e com torcida divida pode equilibrar consideravelmente o confronto. Contudo, para aqueles que acima de tudo gostam do esporte, do espetáculo, sabe que um jogo dentro desse contexto fica mais bonito. Hoje, os estaduais não possuem o mesmo prestígio de antigamente, mas sem dúvida alguma, segue sendo um torneio que serve para apimentar a rivalidade entre os clubes de cada estado.
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