Abertura das Paraolimpíadas Regionais celebra inclusão e união por meio do esporte

O evento reuniu atletas com deficiência das APAEs de Ouro Preto, Mariana e Itabirito.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 17/06/2025, 13:33 - Atualizado em 17/06/2025, 13:33
Foto — Reprodução. Crédito — Ascom/PMOP. Siga no Google News

O Ginásio da UFOP foi palco, nesta semana, de um dos eventos mais inspiradores do calendário esportivo regional: a abertura das Paraolimpíadas Regionais 2025, promovidas pela Superintendência Regional de Ensino e organizadas pelas APAEs de Ouro Preto, Mariana e Itabirito. O evento reuniu atletas com deficiência, educadores, familiares e voluntários em uma celebração vibrante de inclusão, superação e cidadania.

Foto — Reprodução. Crédito — Ascom/PMOP.

Um espetáculo de acolhimento e diversidade

A cerimônia de abertura foi marcada por apresentações culturais, entrada das delegações e discursos emocionantes. “É um momento de mostrar que o esporte é para todos e que cada um tem seu valor”, afirmou a professora Ana Lúcia, da APAE de Mariana. O público aplaudiu de pé a entrada dos atletas, muitos deles participando pela primeira vez de uma competição esportiva.

Modalidades e destaques

Durante os jogos, os atletas competem em modalidades como atletismo adaptado, bocha, tênis de mesa e futsal inclusivo. Um dos destaques foi o jovem Lucas Ferreira, de 14 anos, da APAE de Itabirito, que conquistou o ouro nos 100 metros rasos com prótese. “Nunca pensei que pudesse correr assim. Hoje me sinto livre”, disse ele, emocionado.

Mais que competição: um espaço de pertencimento

Além das disputas, o evento promove oficinas de convivência, rodas de conversa com familiares e momentos de lazer. “As Paraolimpíadas são um espaço de pertencimento. Aqui, nossos alunos se sentem vistos, valorizados e respeitados”, destacou a diretora da APAE de Ouro Preto, Maria das Graças.

Impacto na comunidade

O evento também movimentou as cidades envolvidas, com apoio de comércios locais, voluntários universitários e instituições públicas. “É bonito ver como a cidade se mobiliza. Isso mostra que a inclusão é uma responsabilidade coletiva”, comentou o estudante de Educação Física da UFOP, Rafael Souza.

As Paraolimpíadas Regionais seguem até o fim da semana, com programação aberta ao público. Mais do que medalhas, o que se celebra é a coragem, a alegria e o direito de todos ocuparem seu espaço no mundo — inclusive nas quadras.

O esporte inclusivo tem um impacto profundo e multifacetado na vida dos atletas — ele não apenas fortalece o corpo, mas também transforma a autoestima, os vínculos sociais e o senso de pertencimento.

1. Autonomia e autoestima

Para muitos atletas com deficiência, o esporte é uma porta de entrada para a independência. Superar desafios físicos e conquistar metas esportivas fortalece a autoconfiança e ajuda a redefinir a própria identidade, não pela limitação, mas pela capacidade.

2. Conexões sociais e pertencimento

Ambientes esportivos inclusivos criam laços entre pessoas de diferentes origens, promovendo empatia, respeito e amizade. Como destaca um artigo do Radar da Inclusão, o esporte “ajuda a quebrar barreiras e estereótipos, promovendo o respeito mútuo entre atletas de diferentes backgrounds”.

3. Desenvolvimento de habilidades para a vida

A prática esportiva estimula o trabalho em equipe, a disciplina, a resiliência e a liderança — competências que se estendem para a vida pessoal, escolar e profissional dos atletas.

4. Empoderamento e visibilidade

O esporte dá visibilidade a grupos historicamente marginalizados. Ao subir no pódio ou simplesmente cruzar a linha de chegada, esses atletas mostram ao mundo que suas histórias merecem ser vistas e celebradas.

5. Saúde física e mental

Além dos benefícios físicos, o esporte inclusivo é um poderoso aliado da saúde mental. Ele ajuda a combater o isolamento, a ansiedade e a depressão, promovendo bem-estar e qualidade de vida.

Como disse Nelson Mandela: “O esporte tem o poder de mudar o mundo. Tem o poder de inspirar, tem o poder de unir as pessoas de um jeito que poucas coisas conseguem”.

Foto — Reprodução. Crédito — Ascom/PMOP.

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