Por Brunello Amorim Graduando do Curso de Jornalismo da UFOP” – Universidade Federal de Ouro Preto Certa vez, um grande amigo (abraço, Taru!) me contou a seguinte história. “Era uma vez dois irmãos. Um criou expectativa, o outro criou codornas. Hoje um irmão é frustrado, o outro é o maior criador de codornas da região”. De maneira que este conto vem bem a calhar quando o assunto é futebol. Mais ainda quando o assunto é o Galo Mais Lindo e Doido do Mundo. Até porque, otimismo demasiado e vaidade são separados por uma linha tênue e ser vaidoso nunca foi coisa de atleticano. Bom, o que acontece é que torcedor de futebol é passional. Graças a São Victor! É a passionalidade que faz com que o esporte bretão seja o mais adorado do mundo. Porque, veja só, no rol de atleticanos: há quem deteste Marcos Rocha e outros que o defendem com unhas e dentes. No Horto o Patric tropeça e dá um elástico é ovacionado, se erra um passe (erra muitos!) é xingado de forma massiva. Há quem duvide que Robinho se consagrará no Galo, há quem já comprou a camisa 7 do Robinho. Portanto, atleticano é passional. E bipolar. Digo tudo isso porque talvez dentro da minha passionalidade e bipolaridade alvinegra exagerei no otimismo baseando minha opinião só, e somente só, em amistosos. Fui na onda da grande imprensa nacional e me deixei levar pelo rótulo de favorito que o Galo ostenta, segundo a crítica um amigo (abraço, Tya!) leitor desta coluna. Sim, é óbvio que somos favoritos, caro Bob Faria. Temos o melhor CT do Brasil, a torcida mais apaixonada do Brasil, o melhor elenco do Brasil, o melhor massagista do Brasil, o melhor rei das pedaladas do Brasil, o melhor técnico uruguaio do Brasil, o melhor zagueiro artilheiro do Brasil, o melhor atacante argentino do Brasil... A lista não acaba, somos melhores em tudo no Brasil! E isso ajuda? Ajuda muito. Contudo, não é só isso. Acontece, meu nobre amigo, que futebol é bola na caixinha. Se o goleiro reserva do Corinthians tem tarde inspirada em Itaquera e a bola não entra, puft! Lá se vai a liderança do Brasileirão de 2015. Por isso, nós atleticanos precisamos apoiar sempre, fazer nossa parte, transformar nossas vibrações em gols. Porque amanhã começa a Libertadores. E o Galo é o único mineiro que vai fazer viagem internacional em Minas Gerais no primeiro semestre de 2016. A lista de relacionados do Atlético dá gosto de ver. Não tem um jogador do nosso time que não seria titular no time do rival. É sério. Até o nosso jovem terceiro goleiro Uilson é melhor que o Fábio, que insiste em jogar de pochete em todos os jogos do “tímido povo”. Mas aqui o que importa é o Galo. E Aguirre tem o que precisa para montar um bom time: bons jogadores. Vou ajudá-lo com a estreia: São Victor, Marcos Rocha, Léo Silva, Thiago, Douglas Santos; General Donizete, Carioca, Hyuri, Cazares, Luan e Pratto. E olha que ainda nem mencionei Robinho, que com fé em São Victor vai ser quase ou tão bom quanto o Ronaldinho foi para o Galo. Dizem também que Clayton, uma das revelações do Brasileiro do ano passado jogando pelo Figueirense, pode aparecer para vestir a novíssimo e belo manto, feita por uma tal de Dry World, né Kalil? Então me diz, por favor: como que não cria expectativas? O time é forte demais. Vai ter bola na caixinha. Tem que ter. Então faz assim, dispensa as codornas. Esse ano é Galo, não tem jeito. Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi. É com sede nova, sala de troféus nova, contratações novas, torcida com ânimos renovados. Lá vem a Libertadores para o maior e melhor time de Minas Gerais! Cancela a frivolidade. Futebol é paixão. Galo é amor, não é simpatia.
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