Foto-Comissão de Participação Popular debate o funcionamento e o alteamento da barragem da Companhia Siderúrgica Nacional - CSN -- localizada no Município de Congonhas, conforme solicitação da Câmara Municipal de Congonhas. Crédito-Ricardo Barbosa/ALMG Moradores e representantes do poder público de Congonhas (Região Central) afirmam que vivem em estado de tensão com a existência de uma barragem de rejeitos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) próxima à área urbana do município. Para tanto, solicitaram, em audiência pública da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que a empresa e o Estado garantam a segurança das comunidades do entorno, por meio de um plano de contingenciamento. A atividade, realizada nesta quarta-feira (18/11/15), a pedido da presidente da comissão, deputada Marília Campos (PT), foi motivada pelo acidente ocorrido em Mariana (Região Central), no último dia 5. De acordo com o presidente da Câmara de Congonhas, vereador Wagner Luiz de Souza, a comunidade vive com medo que a barragem da CSN se rompa, dizime a população e destrua a cidade, rica em patrimônio histórico e artístico. Para ele, a presença da empresa é fundamental para o desenvolvimento econômico do município, mas defende que a barragem seja retirada da região. “Queremos dialogar e encontrar uma solução. Para isso, é necessário que a empresa se aproxime mais da comunidade”, pediu. O representante da Associação Comunitária do Bairro Residencial, Rodrigo Ferreira da Silva, destacou que o conjunto habitacional está logo abaixo da represa, o que faz com que moradores vivam em constante apreensão. “Há pessoas que dormem à base de remédio pelo medo, e a empresa não tem dado resposta a esse receio da comunidade”, lamentou. Em sua fala, reforçou que Congonhas precisa da CSN, mas que os cidadãos desejam uma maior garantia de segurança. “Pedimos um plano de contingência da barragem, que é a única em meio urbano do mundo”, completou. Regulação – O prefeito Congonhas, José de Freitas Cordeiros, solicitou aos parlamentares que atuem no sentido de pressionar os deputados federais para que se empenhem na aprovação do Marco Regulatório da Mineração no Congresso Nacional. Para ele, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) está sucateado e conta com baixo efetivo de fiscais. “Mariana nos leva a reflexão sobre as demais barragens do Estado. O novo marco aumentaria o repasse aos municípios e melhoraria as compensações ambientais. É preciso mudar a legislação e não permitir que represas sejam instaladas próximo a áreas urbanas e riquezas ambientais”, ressaltou.
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