Integrantes do MST ocupam Praça Gomes Freire, em Mariana-MG

O movimento se posiciona contra o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e em defesa da educação no campo

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Por Tino Ansaloni Publicado em 22/04/2016, 17:17 - Atualizado em 22/04/2016, 17:22
Por João Paulo Silva Integrantes do MST - Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra ocuparam a Praça Gomes Freire, localizada no centro de Mariana-MG, por volta das 12h. O grupo saiu de Ouro Preto às 6h e marchou em sentido a cidade histórica vizinha. A multidão trajava camisetas vermelhas no movimento e empunhava bandeiras. Elas gritavam palavras de ordem como “não vai ter golpe, vai ter luta” e “educação no campo, direito nosso, dever do Estado”. Compuseram a marcha, integrantes do MST de várias regiões do Estado de Minas Gerais, a maioria do Vale do Jequitinhonha, bem como integrantes do movimento de outros estados do Brasil. A organização do ato fala em 700 manifestantes. A PM, que acompanha a movimentação de longe, não fez uma estimativa, mas informou que nenhuma ocorrência foi registrada. O protesto na cidade contou com o apoio do Levante Popular da Juventude, uma organização de jovens militantes voltada para a luta de massas em busca da transformação da sociedade. As pautas do manifesto de hoje foram o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a luta pela democracia no Brasil, a educação, o uso de agrotóxicos no campo, entre outras. “A nossa relação com o MST está ligada por compatibilidades políticas. Formados por várias pessoas de Minas Gerais, somos estudantes, moradores da periferia, representas de minorias sociais excluídas pela sociedade, entre outros”, explicou a estudante Lucélia Miranda. Cerca de 30 crianças, filhas de integrantes do MST, subiram no coreto da praça e juntas entoaram: “educação no campo é direito, não é esmola, não vou sair do campo para poder ir à escola”. Macaé Maria Evaristo dos Santos, Secretária de Estado de Educação de Minas Gerais, afirmou: “nós precisamos continuar essa luta pela democracia e por uma educação de qualidade, essa voz deve vir das ruas, mas também de dentro das escolas, lugar formador do pensamento crítico.” As 16h 25min, os manifestantes deixaram a Praça Gomes Freire e seguiram em marcha em direção a Igreja da Sé. “Vamos seguir para uma região mais central e depois iremos pernoitar em uma escola pública da cidade de Mariana. Amanhã cedo deveremos continuar a nossa marcha que terá fim na terça-feira, afirmou José Antunes Gomes, membro do MST. No dia 26 os integrantes do MST devem chegar a Belo Horizonte, onde deverão se reunir na Praça da Liberdade.

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