Comunicado da Reitoria sobre o orçamento da UFOP para 2017

Reitoria afirma que terá sérias dificuldades em manter atividades da UFOP em 2017

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Por Tino Ansaloni Publicado em 09/08/2016, 17:18 - Atualizado em 09/08/2016, 17:18
O Governo Federal publicou no dia 07 de agosto, por meio do SIMEC (Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle), a proposta de orçamento das Universidades Federais para 2017. Os dados foram apresentados via sistema com cortes significativos de limites orçamentários, sem nenhuma informação prévia e sem qualquer negociação. Estes cortes se somam a outros promovidos recentemente, como: corte de 70% do Proap, que é o custeio da pós-graduação, e de 20% de bolsas de iniciação científica do CNPq. Na proposta apresentada, a parcela de custeio foi cortada em 18% e o investimento em 41% em relação ao orçamento de 2016 da UFOP. Em números absolutos, isto significa que teremos 17,6 milhões a menos no orçamento. Considerada a inflação do período e os cortes, a Universidade teria que se manter em 2017 com aproximadamente três quartos do orçamento de 2016. Os cortes são impostos em um contexto em que o número de alunos de graduação da UFOP aumentou em 120% nos últimos dez anos e o número de cursos de pós-graduação da instituição cresceu em 342% no mesmo período. Hoje temos mais de 15 mil alunos, sendo que implantamos integralmente a política de cotas, significando que 50% dos estudantes ingressantes na graduação são oriundos de políticas de inclusão. A Universidade cresceu muito rapidamente e passou a abrigar uma proporção maior de alunos que necessitam de políticas de permanência na instituição. Resta claro que há uma impossibilidade de conciliar a ampliação da Universidade, especialmente pela via indispensável da inclusão que temos praticado, com restrições orçamentárias crescentes como as que se consolidam. Considerando todo o esforço de ajuste que já fizemos, podemos dizer com clareza que chegamos ao limite. A Reitoria da UFOP está envidando esforços para reverter essa situação junto ao Governo Federal, pois caso prevaleça essa previsão orçamentária, a Universidade Federal de Ouro Preto terá sérias dificuldades em manter suas atividades em 2017.

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