Programação | Seminário-percurso “Museus Mineiros no Divã: Olhar pra trás, pra dentro e pra frente”

O evento gratuito tem Vagas limitadas. Confira o link para Inscrições.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 21/11/2022, 17:18 - Atualizado em 21/11/2022, 17:18
Arte reprodução / Divulgação. Siga no Google News

O Museu Casa dos Contos, Museu da Inconfidência, Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu/BH), Mina Du Veloso e Museu Mineiro promovem no dia 29 de novembro de 2022, terça-feira, o evento "Museus mineiros no divã: olhar pra trás, pra dentro e pra frente". Será um seminário-percurso, com visitas mediadas partindo da Mina Du Veloso ao Museu da Inconfidência e seguindo para o Museu Casa dos Contos, com o objetivo de se estabelecer um diálogo entre instituições, comunidade acadêmica e a sociedade civil sobre ausências, silenciamentos e também sobre resistência nas representações racializadas em projetos expográficos dos museus de Ouro Preto e de Minas Gerais.

Vagas limitadas. Participação gratuita. Inscrições pelo link: https://forms.gle/zckpwJz3qJwyQpmL7

Contexto de realização do evento

Celebração do bicentenário da independência política do Brasil, efeméride que inspirou o tema da 16ª edição da Primavera dos Museus.

Pensando nesse questionamento, “Independência e Museus - outros 200, outras histórias” foi o tema escolhido pelo IBRAM para a temporada de eventos socioculturais que integraram a 16ª edição da Primavera dos Museus. "Nesse contexto, citamos o relevante papel de mulheres, africanas/os e afrodescendentes, povos originários, sertanejos, ribeirinhos de norte a sul do Brasil, nas lutas pela independência oficial do Brasil, como, ainda hoje, pela escuta, pela busca de respeito, reconhecimento e integração de suas culturas ao contexto nacional. Buscar conexões entre espaços, temporalidades, histórias e experiências é um caminho para resgatarmos os inúmeros processos de independências no País."

De acordo com a nova definição de "museu" do Conselho Internacional de Museus (ICOM), “um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade, que pesquisa, coleciona, conserva, interpreta e expõe o patrimônio material e imaterial. Os museus funcionam e comunicam ética, profissionalmente e, com a participação das comunidades, proporcionam experiências diversas para educação, fruição, reflexão e partilha de conhecimento.” Há, portanto, a urgente tarefa de se estabelecer um debate aberto e democrático a respeito de que instituições museais tivemos e temos, e quais as diretrizes serão tomadas para que possamos começar a construir os museus que queremos.

Arte reprodução / Divulgação.

Um Seminário-Percurso

O ponto de partida dessa jornada não pode mais ser o mesmo de sempre. Por isso, a ousadia de se iniciar essa trajetória a partir de um outro lugar, de uma outra perspectiva. A história de Ouro Preto, de Minas Gerais e do Brasil não se limita à circunscrição dos perímetros determinados pelo então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Rodrigo Melo Franco e Mário de Andrade. Iniciaremos, portanto, pela Mina Du Veloso, equipamento cultural e sítio arqueológico que nos ajuda a compreender o protagonismo de povos afrodiaspóricos na constituição da cultura e no emprego de tecnologias de mineração, elementos determinantes na constituição da sociedade que se estabeleceu nessa região do País.

O deslocamento desse ponto da cidade até o Museu da Inconfidência, na Praça Tiradentes, outrora o epicentro do poder colonial neste território, permitirá o levantamento de questões a respeito de que memórias o Estado brasileiro guardou e, consequentemente, para quais memórias o silenciamento e/ou o esquecimento foram parte de uma deliberada Política de Estado. Novo trajeto se dará do Museu da Inconfidência até o Museu Casa dos Contos, local em que estabeleceremos o debate a respeito de que museus queremos construir.

Currículos resumidos dos debatedores

Aline Montenegro

Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000), mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004) e doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009). Foi Técnica em Assuntos Culturais - História no Museu Histórico Nacional e docente no curso de MBA em Gestão de Museus da Universidade Candido Mendes. É autora, entre outros trabalhos, do livro “Culto da saudade na Casa do Brasil". Tem experiência na área de História, com ênfase em Escrita da História, Museus e Patrimônio, atuando principalmente nos seguintes temas: museus, colecionismo, historiografia, escrita da história e museu histórico nacional.

Alex Calheiros

Professor Associado I da Universidade de Brasília e Diretor do Museu da Inconfidência (Ouro Preto/MG). Foi Diretor do Departamento de Processos Museais. Foi Diretor de Difusão Cultural pelo Decanato de Extensão da UnB (Casa da Cultura da América Latina e Casa Oscar Niemeyer) de 2016 a 2021. Possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2002) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2009). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia, Filosofia Política e Estética.

Sidnéa Santos

Historiadora, pesquisadora, atriz, mobilizadora e produtora cultural. Pós-graduada em Cultura e Arte Barroca pela UFOP. Graduada em História e em Artes Cênicas também pela UFOP. Co-idealizadora do Projeto Patrimônio Afro[1]ouropretano/Mina Du Veloso. Historiadora/Campo pela empresa Arcadis (Bento Rodrigues/2016). Historiadora responsável pela pesquisa histórica do Museu de Percursos do Jequitinhonha (Araçuaí/2008), pelo levantamento da Capela de São José do Sumidouro (Santa Bárbara/2009 e pelas obras de conservação e restauro da Igreja de N. Sra. das Mercês e Perdões de Ouro Preto (2013). Foi Diretora de Cultura do Município de Ouro Preto entre os anos de 2010- 2012. De janeiro de 2017 a agosto de 2020 respondeu pela Diretoria de Promoção Cultural, Patrimônio Imaterial e Igualdade Racial /Secretaria de Cultura e Patrimônio/Prefeitura de Ouro Preto.

Lucimara Letelier

Gestora Cultural, com experiência em museus. Iniciadora e Coordenadora do Museu Vivo (museuvivo.com). Especialista em Development (Marketing, Branding, Captação de Recursos, Desenvolvimento de Públicos e Comunicação) para museus e organizações culturais e sociais. Foi Diretora Adjunta de Artes do British Council (2012 a 2017). Foi Diretora de Captação de Recursos da ActionAid Brasil e Gerente de Marketing e Relacionamento da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira. É mestre em Arts Administration pela Boston University (EUA) e graduada em Marketing e Comunicação Social (ESPM[1]SP).

Eduardo Evangelista

Engenheiro civil, mestre em Geociências e idealizador da Mina Du Veloso. Servidor público da Universidade Federal de Ouro Preto, Presidente da Associação de Proteção Ambiental de Ouro Preto (APAOP), empreendedor social e ativista político. Ex-Secretário Municipal de Obras da Prefeitura de Ouro Preto. Ex[1]Superintendente do Serviço de Água e Esgoto do Município de Ouro Preto. Ex-Coordenador e membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal de Ouro Preto (NEABI-UFOP).

Douglas Aparecido

Poeta, Artista Plástico, bacharel em Filosofia. Pesquisador na linha de pensamento pós-colonial com foco de pesquisa no projeto "Descolonização do mundo e variações do paradigma pós colonial em Achille Mbembe".

Álisson Valentim de Freitas

Mestre em Design pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Arquiteto Urbanista graduado pela PUC/Minas, especialista em Design de Móveis pela UEMG, aluno do curso de Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Possui experiência no desenvolvimento de projetos arquitetônicos e na elaboração de projetos cenográficos. Atualmente, se dedica ao estudo de museus, equipamentos culturais e a interface com metodologias participativas de design para gestão destes espaços.

Pe. Mauro Luiz da Silva

Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu/BH). Negricidade: do Arraial dos Pretos à terceira capital mineira - a cidade dos brancos: resistências e teimosias afrodiaspóricas no Museu de Quilombos e Favelas Urbanos (MUQUIFU). Graduado em Storia e Tutela dei Beni Culturali, pela Università degli Studi di Padova (2012). Mestre em Ciências Sociais. Doutor pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Sociais.

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