Memorial em Ouro Preto permite imersão na banda Pink Floyd

O ouro-pretano Wesley Floyd mostrou peculiaridades e atrativos do espaço todo caracterizado com elementos que remetem à banda.

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Por João Paulo Silva Publicado em 24/10/2023, 12:08 - Atualizado em 24/10/2023, 13:17
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Foto – Memorial do Pink Floyd fans em Ouro Preto-MG / Crédito – Mariana Meneguitte Siga no Google News

Moradores de Ouro Preto têm um cantinho especial para os amantes do rock, em especial aos fãs e admiradores do virtuosíssimo Pink Floyd, a banda que teve origem em Londres, no Reino Unido, lá atrás, em 1964. Talvez muitos não saibam, mas no Morro da Queimada, Rua XV de Agosto, fica localizado o memorial do Pink Floyd, idealizado e mantido pelo Wesley que até adotou o Floyd como sobrenome. O ouro-pretano é fã da banda desde os 14 anos.

Live aqui: Incrível! Incrível! Incrível! Memorial Pink Floyd Fans em Ouro Preto-MG.

O Jornal Voz Ativa realizou uma live no memorial do Pink Floyd no domingo (22) e bateu um papo descontraído com Wesley. “Aos meus quatorze anos [hoje ele tem 42] peguei emprestada uma fita K7 do meu tio e nunca mais a devolvi. Ele morava aqui onde estamos, no andar de cima e quando a fita tocava, o som me chamava muita atenção. Através dessa fita conheci a música da banda que a partir de então passou a ser minha principal influência musical e comecei esse amor pela banda”.  A fita faz parte do memorial. O fã de carteirinha chegou a exibir shows da banda no Anexo do Museu da Inconfidência com o apoio de Margareth Monteiro, então, historiadora do monumento histórico. Wesley pediu dinheiro emprestado para comprar seu primeiro vinil da banda.

Ele conta também que na época, início dos anos 2000, a internet ainda não era acessível para todos. E ele procurava saber mais de sua banda preferida por meio de revistas. Aliás, há muitas delas expostas no memorial. “Ao ler sobre a história da banda, sua trajetória e ler as letras das músicas traduzidas, percebi que se trata de um grupo muito focado no social. Nesse contexto, montei um fã clube e montei um texto que refletia toda a filosofia da banda e sua história”.

Wesley Floyd se lembra até hoje do texto que criou para o fã clube: “O Pink Floyd veio de uma época em que o mundo se dividia em dois. Politicamente, eram dois mundos e seus habitantes também eram de dois tipos: os loucos que planejavam as guerras e tinham medo de enfrentá-las e os loucos de ácido e de dor, vítimas dos primeiros...”

Wesley explica que o Pink Floyd foi pioneiro em shows grandes, capas de álbuns elaboradas, grande investimento em som, pirotecnia e luz de palco. Inclusive, como conta Wesley, o Pink Floyd também foi pioneiro na utilização do som quadrifônico, também conhecido como estéreo 4.0. Ele já chegou a assistir ao um show da banda em 2010, quando ela veio tocar no Brasil.

A estrutura construída pelo seu pai, que é mestre de obras, foi totalmente pensada por Wesley que, com empenho e dedicação, tirou do próprio bolso tudo que construiu, seja na edificação quanto no acervo. São muitas curiosidades do acervo que não conseguiríamos relatar nesse texto. O espaço exibe vários itens que remetem à banda, até um manequim, o “Homem de Luz”, fazendo menção ao álbum “Delicate sound of thunder”, disco ao vivo de 1988. Thorgerson, designer gráfico inglês, queria representar o som e a luz de um show do Pink Floyd. Para isso, colocou um homem de terno envolto em lâmpadas e, ao fundo, outro com pássaros voando ao redor.

Há também no memorial do Pink Floyd, vitrola que possibilita ouvir vinis, inclusive raros, guitarras, walkman, inúmeras revistas de valor histórico, várias fitas K7 e até um bar kombi. Wesley também está preparando outros espaços como uma parede repleta de vinis que, de acordo com ele, nunca perderam a sua majestade. Mas os itens não param por aí, vitrines com CDs e VHS, LD que é um tipo de mídia não lançada no Brasil. Se trata de um disco, idêntico a um CD, porém, do tamanho de um vinil e com dois lados. A mídia é de vídeo.

É com alegria que Wesley conta ter apresentado alguns VHS para uma menina de 14 anos que não fazia a menor ideia do que foi essa mídia. “É uma pequena apresentação de como assistíamos a filmes no passado. Ela ficou impressionada.”

A abertura oficial do espaço ainda está prevista para junho de 2024, porém, já pode ser visitado em momentos especiais e por fãs de carteirinha. O memorial Pink Floyd Fans fica estrategicamente nas montanhas de Minas, com mirante para a Serra do Espinhaço, onde fica o Pico do Itacolomi, cartão postal da cidade de Ouro Preto, Cidade Patrimônio da Humanidade.

Wesley tem um sonho: “compartilhar todo o conhecimento que tenho sobre a banda às novas gerações para manterem viva a essência do Pink Floyd.”

O músico britânico e um dos fundadores do Pink Floy, Roger Waters se reuniu nesta segunda-feira (23) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília. Waters está na capital federal para fazer um show nesta terça-feira na Arena BRB Mané Garrincha.

Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, os dois conversaram sobre política e música. O presidente Lula falou da importância de um artista de tamanha influência e alcance manter sua consciência política e expressar suas convicções.

Também participaram da reunião de hoje a primeira-dama, Janja da Silva, e o músico Paulo Miklos, do Titãs.

Em 2023, Roger Waters traz sua primeira farewell tour para o Brasil, passando por seis cidades entre os meses de outubro e novembro de 2023 – Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte, para onde Wesley seguirá com outros fãs para o show do dia 08/11 no Estádio Mineirão.

A turnê “This is Not a Drill”, originalmente programada para o ano de 2020, foi adiada por dois anos e iniciou em julho de 2022 na cidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Seus últimos shows serão realizados na América Latina.

Contribuiu com a matéria, Mariana Meneguitte. Com informações também da Agência Brasil.

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