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Historiadora Margareth Monteiro é nomeada diretora interina do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto-MG

Localizado na Praça Tiradentes, n. 139 - Centro - Ouro Preto/MG, o museu completa 75 anos no dia 11 de agosto de 2019. A historiadora está há 38 anos atuando na instituição.

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Por João Paulo Silva Publicado em 22/04/2019, 14:01 - Atualizado em 04/07/2019, 23:07
Foto – Museu da Inconfidência, Ouro Preto. Crédito – Arquivo/JVA. Siga no Google News

Foto-Museu da Inconfidência, o segundo mais visitado do país
Crédito-João Paulo Teluca Silva/Jornal Voz Ativa

O imponente Museu da Inconfidência, localizado na Praça Tiradentes, em Ouro Preto (MG), está sob o comando de uma nova diretoria. Depois de um ano e meio, a arquiteta Deise Lustosa pediu exoneração do cargo. Quem assume a função de diretora interina a partir de agora é a historiadora Margareth Monteiro, há quase 40 anos na instituição.

Vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o segundo museu federal mais visitado do país fica atrás em número de visitações anuais apenas do Museu Imperial, em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro. O público ultrapassa a casa dos 150 mil por ano.

Sobre as perspectivas em relação ao cargo que passou a ocupar desde o dia 2 de abril, Margareth Monteiro afirmou que “ao longo de mais de três décadas atuando no museu, é praticamente impossível não ter cultivado uma relação de afeto com esse ícone da Praça Tiradentes. É uma responsabilidade muito grande assumir a gestão do segundo maior museu do país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Museus”.

Margareth ressaltou ainda que, com o apoio da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e do Cine Vila Rica, foi possível a instalação de bebedouros e a reforma dos banheiros nas dependências do patrimônio. “Sem contar que as pessoas têm a oportunidade de visitar o museu pagando um valor justo e real”, pontuou.

Concepção geral – exposição

A exposição permanente do Museu da Inconfidência, montada para a inauguração do órgão em 1944, permaneceu intocável até meados de 2005, quando teve início o projeto de modernização. O objetivo foi manter a instituição fiel ao tema definido pelo decreto de sua criação.

Seja pela escassez de material relacionado com o movimento da Conjuração Mineira ou mesmo pela orientação política da época, o certo é que não houve investigação histórica satisfatória que possibilitasse uma compreensão aprofundada das origens do movimento político de 1789. Não houve entendimento de que a evocação de Vila Rica seria essencial para a abordagem da conspiração. O que se apresentou foi uma mostra superficial sobre a evolução de Minas Gerais.

A atual estrutura da exposição apresenta a Inconfidência relacionada com Ouro Preto, permitindo, ainda, uma nova leitura da vida social, política e artística mineira dos séculos XVIII e XIX. A museografia, a cargo do especialista francês Pierre Catel, assumiu proporções de nível internacional.

O primeiro piso apresenta a infraestrutura da cidade, das origens até o período imperial. Objetos de construção civil, meios de transporte, mineração, aspectos da vida social e do movimento político da Inconfidência documentam a evolução de um agrupamento humano que iria pensar a independência brasileira. Já o segundo piso revela a superestrutura da criação artística, colocando em evidência a importância da Igreja.

A primeira etapa do projeto de modernização do Inconfidência foi concluída em agosto de 2006, quando o Museu reabriu suas portas. Três anos depois, a instituição finalizou todo o processo, com a inauguração da iluminação externa da antiga Casa de Câmara e Cadeia, da Loja e Café e de um Cineclube. A reformulação recebeu incentivo do Ministério da Cultura, patrocínios da Caixa Econômica Federal, Petrobras, Acesita, Companhia Brasileira de Metalurgia, Vitae Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social e ajuda financeira do banqueiro Aloysio Faria. (Texto reproduzido do site oficial do Museu da Inconfidência).

Semana Nacional de Museus e outras atividades

De 13 a 19 de maio acontece a 17ª Semana Nacional de Museus (SNM), temporada cultural promovida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) em comemoração ao Dia Internacional de Museus (18 de maio). Nessa edição, 1.114 instituições de cultura de todo o país oferecem ao público 3.222 atividades especiais, como visitas mediadas, palestras, oficinas, exibição de filmes e muito mais. E o Museu da Inconfidência não poderia ficar de fora.

Além disso, de acordo com a diretora interina, haverá atividades em comemoração aos 230 anos da Inconfidência Mineira e ao aniversário do museu. A programação será divulgada no momento oportuno. Margareth Monteiro afirmou ainda que, cada vez mais, espera contar com o apoio das instituições locais, escolas, por meio da educação patrimonial e da comunidade como um todo “se apropriando do museu e das atividades que ele oferece enquanto maior guardião da nossa memória”.

Foto-A historiadora e promotora cultural, Margareth Monteiro. Crédito-Reprodução.

Um Comentário

  1. Janaína 22/04/2019 em 16:54- Responder

    Mais que merecido. Margareth Monteiro é uma simpatia e muito competente. Parabéns.

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