MPMG usará van para atender mulheres vítimas de violência durante Carnaval de Belo Horizonte

Mulheres vítimas de importunação, de violência sexual e de outros tipos de violências poderão receber atendimento imediato.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 28/02/2025, 15:09 - Atualizado em 28/02/2025, 15:09
Foto — Reprodução. Crédito — MPMG. Siga no Google News

Nesta quinta-feira (27/2), promotoras de Justiça participaram de blitz educativa de recepção a turistas, na Rodoviária de Belo Horizonte, para divulgar trabalho que será realizado nos quatro dias de folia. Plantão oferecerá atendimento integrado e humanizado às foliãs, com acolhimento psicossocial e, quando necessário, encaminhamento para a rede de apoio, que inclui serviços de segurança e saúde.

Mulheres vítimas de importunação, de violência sexual e de outros tipos de violências poderão receber atendimento imediato por parte de promotoras de Justiça durante os quatro dias de folia na capital mineira. De sábado, 1º de março, a terça-feira, 4 de março, das 10h às 17h, uma van do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ficará estacionada na Praça Sete (Av. Afonso Pena, em frente ao número 602), Centro, para atender essas ocorrências.   

Nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, às 11h, as promotoras de Justiça Denise Guerzoni, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAOVD), Ana Tereza Giacomini, coordenadora do Centro Estadual de Apoio às Vítimas do MPMG – Casa Lilian, e Graciele de Rezende Almeida, coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça das Crianças e dos Adolescentes (CAODCA), participaram de uma blitz educativa na Rodoviária de Belo Horizonte para divulgar o trabalho, intitulado “Emepê acolhe”. A van que será utilizada nos atendimentos foi levada até o local. 

As ações de proteção às mulheres que serão realizadas nos próximos dias fazem parte do Plantão Integrado Acolhe Minas, iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese) e que conta com a parceria do MPMG e de outras instituições, como Polícia Civil (PCMG), Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Corpo de Bombeiros (CBMMG), Polícia Militar (PMMG) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).   

O Plantão prevê a utilização de outras vans para acolhimento às foliãs, com profissionais qualificados para pronto atendimento. Os veículos serão posicionados em locais estratégicos, próximos à Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica da Polícia Militar (PMMG), garantindo a segurança tanto das profissionais, quanto das mulheres atendidas.  

Atendimento integrado 

De acordo com a coordenadora do CAOVD, promotora de Justiça Denise Guerzoni, o atendimento às foliãs será integrado e humanizado, com acolhimento psicossocial e, quando necessário, encaminhamento para a rede de apoio, que inclui serviços de segurança e saúde. “As vans permitirão que as mulheres possam, a um só tempo e no mesmo lugar, ser atendidas em todas as demandas. Se houver uma demanda por atendimento psicológico, a técnica estará lá, se houver demanda para o promotor de Justiça, ele também estará no local”, explicou.  

Segundo a promotora, a ação busca evitar o gasto de tempo e de energia por parte das mulheres vítimas de violência para acessar cada um dos serviços que precisa. “Esse consórcio entre órgãos do Estado permite que, qualquer que seja a demanda da mulher, ela seja prontamente acolhida e encaminhada para a providência que o caso demandar”, resumiu. 

Conforme a coordenadora da Casa Lilian, promotora de Justiça Ana Tereza Giacomini, o objetivo da ação é garantir um carnaval livre e seguro para as mulheres. “O Ministério Público está trabalhando para que este carnaval seja de alegria 10 e importunação zero para a mulheres. Para que elas possam se divertir, frequentar esses espaços com a roupa que quiserem, da forma que quiserem, sempre livres para se divertir”. 

De acordo com Ana Tereza, o MPMG também trabalha para mudar a cultura machista da sociedade, que tende a culpabilizar a mulher e minimizar comportamentos dos agressores. “O que o MPMG deseja é que a vítima seja protegida, acolhida e reparada integralmente”, apontou.  

Durante a programação desta quinta-feira na Rodoviária, houve, ainda, distribuição de materiais informativos, como leques e tatuagens temporárias com contatos de emergência e locais de apoio, além da divulgação do protocolo de enfrentamento à violência sexual a apresentações artísticas. 

Acesse outras informações sobre o atendimento a mulheres vítimas de violência em Emepê Acolhe

Foto — Reprodução. Crédito — MPMG.

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