Iepha realiza campanha de mobilização para preservar o patrimônio cultural mineiro no Carnaval

Além de inserções em redes sociais, prefeituras receberam documento com instruções. Primeira edição de 2017 do Observatório do Circuito Liberdade também debate o tema.

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Por João Paulo Silva Publicado em 14/02/2017, 13:41 - Atualizado em 24/02/2017, 19:17
16933462_10210772321175907_386074897_n Foto-Ouro preto é uma das cidades com vários patrimônios culturais. Crédito-Tino Ansaloni Durante o Carnaval 2017 em Minas Gerais o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) realiza nas mídias digitais campanha de preservação dos bens considerados patrimônio cultural. O objetivo da ação é sensibilizar os foliões de que uma apropriação do espaço urbano ou público de forma consciente pode resguardar exemplares arquitetônicos importantes encontrados nos municípios mineiros. A expectativa é que no período da festa as pessoas compartilhem em suas redes sociais as filipetas virtuais contendo frases educativas e divertidas, como “Ei, você aí! Não deixe de preservar os bens culturais de sua cidade durante o carnaval” e “Mamãe eu quero! Aproveitar o carnaval, mas não deixar de proteger o patrimônio”. Em Minas Gerais, a riqueza arquitetônica e cultural encontrada nas praças, nas igrejas e nos casarões seculares atraem pessoas de todas as regiões, tornando o Carnaval mineiro um dos mais tradicionais do Brasil. A festa conta com a participação de blocos, marchinhas e grupos regionais. Para Michele Arroyo, presidente do Iepha-MG, essa mobilização na internet é muito importante para a promoção do patrimônio cultural mineiro. “Ao promover uma campanha com este formato queremos reforçar que os espaços urbanos, compostos por edificações históricas, podem receber eventos como o Carnaval desde que as pessoas ocupem de forma consciente os lugares”, diz. Diversas cidades recebem no Carnaval inúmeros foliões para a festividade que acontece em ruas, avenidas, praças e núcleos históricos, espaços que possuem riquezas culturais de grande significado para o estado. O Iepha-MG enviou às prefeituras dos 11 municípios que possuem núcleos protegidos por tombamento estadual um documento com instruções específicas. Os agentes públicos responsáveis pela realização do Carnaval nesses locais devem apresentar ao Instituto um projeto do evento que não ofereça riscos às construções históricas reconhecidas como patrimônio cultural de Minas Gerais. Os demais municípios do estado receberão as seguintes orientações do Iepha com o objetivo de preservar os bens: - A instalação de barracas, palcos, arquibancadas, caixas de som, telões e equipamentos em geral deve guardar distância dos bens culturais e da rede elétrica; - Os banheiros públicos devem ser instalados em locais adequados e afastados das fachadas dos imóveis e monumentos culturais; - As prefeituras devem orientar os trajetos de trios elétricos e carros alegóricos para que não provoquem danos ao patrimônio; - As prefeituras devem realizar campanhas educativas para a preservação do patrimônio cultural. Observatório do Circuito Liberdade Carnaval é o tema da primeira edição de 2017 do Observatório do Circuito Liberdade. O debate “Carnaval de Rua - apropriação do espaço público” será realizado no dia 16 de fevereiro, no auditório do BDMG Cultural (Rua Bernardo Guimarães 1600, Lourdes) das 18h30 às 20h30. A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço. Estarão disponíveis 50 lugares. O evento marca uma oportunidade de se discutir as ocupações dos espaços públicos no Carnaval de Belo Horizonte, que nos últimos anos, principalmente a partir de 2009, vem se reinventando e ocupando ruas e praças da cidade. Para este encontro foram convidados o historiador e músico Guto Borges, um dos entusiastas da revitalização do Carnaval em Belo Horizonte e puxador de blocos; e a professora da Escola de Arquitetura Rita Veloso, arquiteta e urbanista, que vai abordar a relação da cidade com a festa popular. A mediação será de Gelton Filho, coordenador do setor de Educação do Circuito Liberdade. O encontro contará ainda com a tradução em Libras de Jonnathan Galvão. Texto-Assessoria de Imprensa/SEGOV

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