Aldravia conquista o continente europeu e poetas marianenses recebem homenagem em Portugal

Os poetas aldravistas brasileiros, Andreia Donadon Leal e José Benedito Donadon Leal foram homenageados pela Sociedade de Geografia de Lisboa, fundada em 1875, com a medalha de 130 anos de Labor Científico. O casal foi reconhecido pelos relevantes méritos culturais e científico realizados no Brasil e Portugal, criação e divulgação da aldravia.

A poesia de seis versos univocabulares tem auxiliado em projetos de intervenções pedagógicas em todo o país, além da expansão da poesia brasileira na Europa.  Após a homenagem, Andreia Donadon Leal deu posse à Dra. Celeste Cortez, como Coordenadora do Movimento Aldravista em Portugal.

Na ocasião, o presidente da Secção de Genealogia, Heráldica e Falerística da Sociedade de Geografia de Lisboa, Dr. Vitor Escudero, realizou a palestra sobre o Ex-Libris no Brasil; e o Professor Doutor José Benedito Donadon Leal ministrou a comunicação “SAUDADE”. Dando prosseguimento à programação luso-brasileira, haverá nos próximos dias, com comunicação dos Brasileiros nas Academias Portuguesa de Ex-Libris e Internacional de Heráldica. A poetisa e cronista, Andreia Donadon Leal, será nomeada delegada no Brasil da Academia Portuguesa de Ex-Libris.

Andrea Donadon Leal comentou a importância do reconhecimento da arte aldravistas pela Sociedade de Geografia de Lisboa. “É um gesto muito significativo para a arte que foi criada na cidade de Mariana, mas também para todo o país. A Sociedade de Geografia de Lisboa foi fundada há mais de um século. Não fomos homenageados apenas por divulgar a poesia aldravistas no país, mas principalmente por ela estar sendo expandida em solo português”.

A poeta ressaltou ainda que vários escritores portugueses já publicaram livros de aldravias. “A aldravia também está presente em intervenções, colégios e universidades portuguesas por meio de oficinas ministradas pela Dra. Celeste Cortez. A Aldravia também está presente em países do continente africano”, destacou.

Aldravia

O termo aldravia deriva de aldrava – pela de metal presa à porta das casas antigas, utilizada para chamar os moradores na chegada dos visitantes. A definição é de Andreia Donadon Leal. A partir dessa imagem, os criadores da Aldravia batem à porta dos poetas, chamando-os à prática de uma poesia que lhes permite ampla interpretação.

A nova forma poética conquista espaço pelas vias do mundo virtual, com o qual se identifica, pelo jeito minimalista de ser. Poema sintético, fixa sua essência na retórica metonímica. A palavra de ordem da aldravia é: máximo de poesia num mínimo de palavras.