O Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, registrou, em 2024, um recorde histórico de 347 mil visitantes, o maior número, desde sua inauguração, em 1944. Esse marco destaca ainda mais a importância do Museu como um dos principais destinos culturais e turísticos de Minas Gerais e do Brasil, refletindo o crescente interesse pela história e patrimônio da Inconfidência Mineira e do período colonial brasileiro.
Com um vasto acervo que preserva a memória da Inconfidência Mineira e do período colonial brasileiro, o Museu tem se tornado referência não apenas para turistas, mas também para estudantes e pesquisadores. A programação diversificada, que inclui exposições contemporâneas e projetos educativos, tem ampliado o alcance do espaço, atraindo públicos de diferentes idades e origens.
“O turismo é uma resposta socioeconômica importante para a nossa comunidade, que tem demonstrado grande cuidado com o patrimônio cultural. Vamos continuar trabalhando para fortalecer esse setor, gerando mais empregos, aumentando a renda e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida em nosso município”, destacou o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo.
Para o secretário de Cultura e Turismo de Ouro Preto, Flávio Malta, o expressivo número de visitantes reflete um trabalho conjunto voltado para a preservação e promoção do patrimônio cultural. "O Museu da Inconfidência é uma peça essencial da nossa história. O aumento de visitantes comprova como iniciativas inovadoras e dinâmicas podem aproximar as pessoas do nosso passado, impulsionando o turismo cultural e educativo em Minas Gerais", destacou.
Já o diretor do Museu da Inconfidência, Alex Calheiros, enxerga no recorde de 347 mil visitantes um marco histórico que reafirma o compromisso do Museu com o acesso à cultura. "Esse número expressivo resulta de esforços como a gratuidade da entrada, que democratiza o acesso, além do rico acervo que retrata a importância do período colonial brasileiro. É uma visita indispensável para quem busca entender as origens do nosso país", afirmou.
Ele também destaca a busca crescente por experiências culturais após a pandemia. “Houve um movimento geral de retomada dos museus, que antes da pandemia observaram uma queda na visitação. Isso impulsionou o aumento de público.” Além disso, a programação diversificada e a visibilidade nas redes sociais, especialmente no Instagram, também têm atraído um público mais diversificado. “Tudo isso tem contribuído para o crescente interesse pelo nosso Museu e sua relevância.”
Calheiros ainda atribui o sucesso do Museu da Inconfidência não apenas ao trabalho desenvolvido no espaço, mas também à gestão eficiente do turismo em Ouro Preto: "O crescimento do Museu reflete não só o esforço contínuo de nossa equipe, mas também a excelência da gestão do turismo na cidade. Embora o Museu desempenhe um papel fundamental, o mérito desse sucesso é compartilhado com a cidade, que investe de forma constante na preservação e promoção do seu patrimônio cultural. O Museu, nesse contexto, atua como um termômetro dessa gestão, evidenciando o impacto positivo da integração entre cultura e turismo."
Além de exposições, o Museu também se destaca por projetos que visam ampliar o acesso à cultura, como visitas mediadas e atividades voltadas para escolas. Esses esforços têm reforçado o papel do espaço como ponto de conexão entre o patrimônio histórico e as novas gerações.
O Museu da Inconfidência está localizado na Praça Tiradentes, no centro histórico de Ouro Preto, e funciona com entrada gratuita de terça-feira a domingo, de 10h às 18h, sendo o acesso apenas até às 17h. Informações sobre ingressos e programação estão disponíveis no site oficial e nas redes sociais do Museu.
Museu da Inconfidência entra para a “Rede de Lugares de História e Memória” da UNESCO
Em 2024, o Museu da Inconfidência foi incluído na prestigiada “Rede de Lugares de História e Memória” da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), ligada à Escravidão e ao Tráfico de Escravos. Essa rede reúne 22 locais históricos ao redor do mundo, reconhecidos por sua relevância na preservação e promoção da memória dos povos escravizados.
No Brasil, apenas outras duas instituições integram a rede: o Museu Casa da Hera e o Museu da República. A inclusão do MIn reflete seu papel como agente educacional e cultural, destacando o compromisso com a preservação e transmissão das histórias relacionadas à escravidão no Brasil de maneira justa e inclusiva.
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