Exposição “Mulheres: de silenciadas a empoderadas” de Yara Tupynambá pode ser visitada no TRT-MG

Período expositivo se encerra em 02 de abril de 2025.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 17/01/2025, 09:55 - Atualizado em 17/01/2025, 09:55
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Foto – Reprodução. Crédito – Ton Nettos. Siga no Google News

Inaugurada em dezembro no TRT-MG, a exposição "Mulheres: de silenciadas a empoderadas” é uma imersão profunda no poder da arte e da mulher. Na abertura, também houve inauguração dos Doces e Espumantes Yara Tupynambá.

Na noite, foi servido um petit comité, com frutos do mar como camarões e lagosta; caviar e saborosos aperitivos. A exposição é uma realização do Instituto e Memorial Yara Tupynambá, pela mesma idealizado, em prol da valorização da arte, cultura, ofícios e costumes do nosso povo.

Yara Tupynambá (Montes Claros MG 1932)

Pintora, gravadora, desenhista, muralista e professora.

Yara Tupynambá Gordilho Santos tem seu primeiro emprego aos 17 anos de idade como concursada em datilografia, na Caixa Econômica Estadual. Lá permanece por dois anos e, por datilografar com agilidade, faz um acordo com o chefe e consegue mais tempo livre, o qual utiliza para desenhar. Inicia-se nos estudos de arte com Guignard (1896-1962), em 1950, em Belo Horizonte, além de estudar gravura com Misabel Pedrosa (1927), em 1954, e aperfeiçoar-se posteriormente com Oswaldo Goeldi (1895-1961), no Rio de Janeiro. Cursa a Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG e, em 1967, defende tese sobre Albert Dürer.

No ano seguinte, passa lecionar gravura na mesma universidade. Dedica-se à gravura, especialmente sobre madeira, preferindo o preto e branco à gama de cores. Em telas a óleo pinta congados, cavalhadas e violeiros, temas referentes a sua adolescência, e as andanças pelo interior do estado de Minas Gerais. Ela mesma fabrica algumas tintas vinílicas. É convidada a fazer um mural sobre a inconfidência mineira na reitoria da UFMG, inaugurado em 1969, e posteriormente torna-se se diretora da Escola de Belas Artes da mesma universidade. Na década de 1970, realiza diversos murais para residências, estabelecimentos comerciais e órgãos públicos, como o Minas, do século XVII ao século XX , feito para a Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Executa um mural na Igreja Matriz na cidade de Ferros, Minas Gerais, no qual retrata Adão e Eva nus, fato que causa polêmica, obrigando o prefeito a colocar a obra no seguro. Pesquisa as pinturas do século XVIII em igrejas de Ouro Preto e Sabará, produzindo desenhos realizados sobre arcas e baús, e retratando cenas da época e símbolos como brazões.

Lidera o Atelier Vivo na Bienal Nacional de São Paulo, em 1974, onde mostra uma pesquisa realizada na área educacional e com estandartes. Recebe bolsa de estudos do Pratt Institute e viaja para Nova York (Estados Unidos). Retorna a Belo Horizonte e torna-se assessora cultural da Empresa Mineira de Turismo - Turminas, além de ser responsável pela implantação de um programa do Ministério do Trabalho para requalificação do artesanato no estado de Minas Gerais. Em 1992, recebe o título de Cidadã Honorária de Belo Horizonte do governo de Minas Gerais. É escolhida pela crítica diversas vezes como destaque das artes, além de homenageada com poemas, como fez Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987) ao escrever o poema Exposição sobre a artista. (Com informações do Escritorio de Arte)

Serviço:

Período expositivo: de 07 de janeiro a 02 de abril de 2025

Local: Centro Cultural do TRT-MG (Rua da Bahia, 112, Centro - Belo Horizonte)

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