Carnaval 2024 – Prefeitura de Ouro Preto apresenta projeto técnico ao Iphan

Por Daniel Marcos Publicado em 09/01/2024, 20:23 - Atualizado em 09/01/2024, 20:41

Foto – Foliões na Praça Tiradentes em Ouro Preto / Crédito-Ane Souz

Os procuradores do município, Adele Armache e Celso Carvalho participaram nesta terça-feira, 9/1, de uma reunião virtual, com a Superintendência Técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e artístico Nacional - IPHAN MG, iniciada por volta das 14h, para apresentação do projeto técnico para o Carnaval 2024.

Adele informou com exclusividade ao Jornal Voz Ativa que a reunião teve como objetivo buscar um entendimento comum para realização do Carnaval no Centro Histórico de Ouro Preto, considerando a existência de uma liminar que proíbe a realização de qualquer evento na Praça Tiradentes. A liminar foi fruto de uma Ação Civil Pública, apresentada pelo Ministério Público Federal quando do episódio do show do cantor Dilsinho, que aconteceria em 10 de setembro de 2023, cancelado pela justiça.

“O Projeto ainda será analisado pelo Iphan e estamos muito otimistas, considerando que a proteção do Patrimônio Cultural é o objetivo comum aos envolvidos”, disse a procuradora. Entretanto, em caso de aprovação do projeto, o judiciário deverá manifestar uma nova decisão sobre o caso, haja visto que a liminar proibitiva ainda está em vigor.

O projeto entregue ao Iphan segue normas técnicas bem definidas e relaciona os espaços e as delimitações para a montagem das estruturas de palco, banheiros, tendas e similares, contendo especificações de suas dimensões e atributos funcionais. Outros aspectos como rede elétrica, projeto de combate a incêndios e plano de gerenciamento de riscos à vida e ao patrimônio serão colocados à apreciação do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, um rito de praxe em todos os carnavais.

O prefeito destacou que pelo menos, desde 1867 os desfiles e cortejos são realizados na grande praça de Ouro Preto, pois naquele ano surgiu o bloco, atualmente mais antigo em funcionamento do Brasil, Zé Pereira do Clube dos Lacaios.

“O patrimônio cultural imaterial tem que ser respeitado e preservado, e o patrimônio imaterial está vivo”, disse o prefeito, que também ocupa o cargo de presidente da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.

Nossa reportagem continua na cobertura do assunto e futuramente trará informações.