Abriram-se as Portas da Esperança! No alto do décimo segundo andar do ano… em Viagens Literárias

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Por Tino Ansaloni Publicado em 09/01/2017, 10:05 - Atualizado em 09/01/2017, 10:05
Priscilla Porto - Divulgação - Crédito - Bruna Santos Hum... ano novinho pela frente... Como café fresquinho, lençóis limpinhos, caderno novo... Como a antológica “Terra à vista!” Ou como diria Mário Quintana, no poema “Ano Novo”: “Lá bem no alto do décimo segundo andar do ano Vive uma louca chamada Esperança”. Pois chegou, ele, 2017!, “fofinho!”... pouquíssimos dias de nascido, tão bem-vindo como recém-nascidos! Ou, escancaradamente, uma grande Porta que se abriu, carregada de muita Esperança. “– Ó delicioso vôo!” E nosso olhinhos até brilham, diante de tantas possibilidades: Vou emagrecer, vou pagar minhas dívidas, vou juntar dinheiro, vou arrumar um emprego melhor, vou à missa toda semana, vou retomar meu curso de inglês, vou estudar pro Enem com compromisso, vou fazer uma pós-graduação, vou juntar dinheiro pra viajar, vou trocar de carro, vou parar de comer porcaria, vou prestar serviço voluntário, vou ser melhor com minha família, vou... Verdade é que, se praticamente nada disso foi feito, no ano passado, talvez o Próspero Ano Novo se torne palco para grandes remendos. Visto que, como em 2016, podemos ter empurrado com a barriga segundos, minutos, horas, dias e meses... de forma perigosamente desleixada. Mas, tem jeito não, né, gente? Afinal de contas, uai! Somos gente! E gente erra! Meu Deus, como gente erra! E prorroga, e posterga, e promete, e não cumpre, e se arrepende, e se faz de coitadinho e... corre o risco de nunca concretizar nada. Aí, chega em 31 de dezembro de 2017, e a euforia pela abertura da nova Porta da Esperança é tão grande, que, magicamente, a gente se esquece de que não realizou quase nada. E “é preciso dizer-lhes tudo de novo!” E, apesar de que, para Mário Quintana, a Esperança, possa ser além de uma louca Esperança, também ser como “meninazinha dos olhos verdes”, isso é um perigo, viu: descartarmos tantas oportunidades que nos são dadas; descartarmos cada dia de novos anos, como se fossem embalagens de um grande nada, inserindo também nosso precioso dia-a-dia na contemporânea cultura do desperdício. Priscilla Porto Autora dos livros “As verdades que as mulheres não contam” e “Para alguém que amo – mensagens para uma pessoa especial”.  

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