9ª Edição de “Olhar Museu” homenageia o Zé Pereira dos Lacaios

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Por Tino Ansaloni Publicado em 20/05/2012, 21:51 - Atualizado em 02/06/2012, 10:29
Está na hora demodificar o conceito de “museu” , aquele que tínhamos e que o designava como um depósito de coisas velhas que nos suscitam lembranças, memórias. Museu hoje é local de encontros, de palestras e de debates. Museu hoje é espaço didático, virtual, onde, ao lado daquilo que consolidou nossa história, também está o que torna o nosso presente memorial e já aponta para um futuro mais memorial ainda. Falar de memória cultural é sempre muito atraente uma vez que o tema é demasiadamente abrangente; a palavra “memória, entretanto, é muito relativa. Talvez, por isso, o“ Olhar Museu” – Informativo do Sistema de Museus de Ouro Preto - preocupe-se muito com novo conceito de museu, os novos usos da instituição e a importância da memória (dentro da abrangente polissemia de cultura). Gélcio Fortes e Gilson Antônio Nunes, diretor do Museu Casa Guignard e Chefe do Departamento de Museologia da UFOP, respectivamente, nos relataram como nasceu a inspiração para o último informativo, colocado à disposição da população dia 18 de maio, na Casa de Gonzaga. O informativo seria lançado durante o carnaval, mas não foi possível. A ideia de a mais antiga agremiação carnavalesca em atividade no Brasil ainda resistir ao tempo em Ouro Preto é memorável: o Zé Pereira é cultura pura e é um retrato fiel de memória cultural preservada no país. Todas as nossas famílias conseguem reconhecer nele alguém que já trabalhou em prol de sua preservação: tataravós, bisavós, avós, tios, pais e amigos. Os mais velhos se lembram dos carias que assustavam as criancinhas, os mais jovens se entusiasmam com os quase trisseculares bonecos gigantes da agremiação. Se antes eram apenas dois, o catitão e a baiana (o casal Pereira), hoje temos muitas personagens, incluindo cidadãos vivos de nossa comunidade. Durante a exposição e distribuição do exemplar número 9, o Zé Pereira desfilou no centro histórico, com seu traje de luxo, seus dois principais bonecos, suas lanternas iluminadas à vela e toda a sua história. Havia um grande número de pessoas que acompanharam o desfile, desde crianças, muitos jovens até idosos nativos e turistas. No próprio grupo de participantes, havia pessoas de todas as idades e ambos os gêneros, já que hoje se admite mulheres. O nono número de “Olhar Museu” é um exemplar para colecionador e para biblioteca. É fruto de pesquisa profunda sobre o “Zé Pereira”. Teve contribuição de Salvador Gentil, presidente dos Clube dos Lacaios, de Gilson Nunes, chefe do Departamento de Museologia da UFOP, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, prefeito de Ouro Preto, Cida Souza, coordenadora de ações educativas no Museu do Oratório, Glorimar Pereira, bioquímica, Gerson Honório Reis da Silva, professora Ephigênia Stella Pereira de Carvalho, Marta Cordeiro, Cláudio Donato Gomes, Aluísio Fortes Drummond, Marcos Luiz Fraga Fortes e a professora Deolinda Alice dos Santos. A coordenação editorial foi composta por Gélcio Fortes, Raphael Simões e Yara Matos. Parabenizamos a coordenação executiva do Sistema de Museus de Ouro Preto pela grande contribuição oferecida à memória cultural de Ouro Preto, que por si só, já é um monumento. Elisabeth Camilo

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