... e chegou o carnaval. Alegria de uns, antipatia de outros, mas após a expectativa do “vai ter não vai ter” ele está aí, com seus blocos, suas bandas, suas escolas de samba e seus foliões. Está passando um comercial na televisão, não me recordo de qual produto, que reflete bem o pensamento de muitas pessoas e eu me incluo nelas. Embora o carnaval não tenho nascido no Brasil, o povo brasileiro abraçou a festa com tanto entusiasmo e colocou tanta brasilidade nela, que não há como dizer que não seja uma festa brasileira. Na prática, é a nossa maior manifestação artística, turística e cultural. A propaganda mostra exatamente isto e de uma forma tão delicada que vale a pena assistir. Há os que gostam e os que não gostam, como tudo na vida. A propaganda diz: “para uns é festa, para outros é feriado”. Verdade. E fala do respeito que ambos merecem e com o qual devem ser tratados. Eu, particularmente, faço parte do segundo grupo. Não sou de curtir carnaval. Brincava quando criança, nas extintas matinês, e mesmo jovem já fui perdendo o gosto. Mas tenho amigos, e são maioria, que adoram. Brinco com uma amiga muito querida que ela deve ficar quatro dias sem dormir. A foliã sai no Vermelho e Branco, Diretoria, Bloco da Cobra, Bandalheira, fora alguma escola de samba em alguns anos. Tem um pique de causar inveja em muita garotinha de 18 anos. E eu acho super legal. Normalmente viajo no carnaval, e quando não viajo separo uma pilha de DVDs e relaxo para o resto do ano. Mas entendo que muita gente goste, e, repito, é a maioria. Já liberei casa para parentes, já saí fiquei meia hora e voltei, o importante é que, cada um na sua realidade, respeite a realidade do outro. E, mais importante, que os foliões se respeitem entre si. Vamos brincar? Vamos. Vamos curtir? Claro. Uma bebidinha também, para animar, sem abuso, não faz mal nenhum. Mas brinquemos com respeito e na paz. Que nosso carnaval seja realmente o que deve ser: uma grande brincadeira, sem violência, sem desrespeito, com muita alegria e descontração. Ouro Preto está carente de alegria. A oportunidade está aí. Todo mundo prá rua (quem gosta, é lógico), fantasiados ou sem fantasia, com dinheiro ou sem dinheiro, como diz a música, mas com muita energia do bem para espalhar pela cidade e distritos. Famílias levando suas crianças durante o dia e curtindo à noite, nos blocos, escolas de samba, ou simplesmente assistindo, subindo e descendo ladeiras, cantando, divertindo-se unidos dentro do respeito que nem deveria precisar ser pedido, porque deveria ser inerente ao ser humano. Sem violência, sem gracinhas sem graça, sem abusos. Este é o carnaval que todos queremos. Quem gosta e quem não gosta. Para quem não gosta existem muitas opções, e isto não impede que também entrem na energia do bem de quem gosta. É isto o que todos queremos e esperamos. Um carnaval de paz. E assim há de ser, se Deus e nós quisermos. Deus a gente sabe que quer. Então está em nossas mãos. Sem brigas, sem bebidas em exagero, sem drogas, sem violência. Só muita alegria e paz. Porque disto todos precisam e gostam. E que seja como diz o comercial: “para uns, carnaval. Para outros, feriado”. Acrescento: para todos, os que gostam e os que não gostam, energia do bem no ar. Que seja este o objetivo da festa.
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