- Resumo IA
• Visitas são interrompidas por notificações de celular, tornando encontros presenciais incômodos.
• Conversas presenciais são frequentemente interrompidas para responder mensagens.
• O uso excessivo do celular durante encontros mostra falta de educação e civilidade.
• Priorizar o virtual sobre o presencial reflete uma inversão de valores sociais.
• Celulares devem ser usados com moderação, preservando a atenção a quem está presente.
• A dependência do celular pode nos tornar reféns, afetando interações e compromissos reais.Observação: O resumo é gerado por IA e revisado pela redação.

Um amigo chega na casa do outro para resolverem um assunto, levar alguma notícia, ou simplesmente para aquele bate-papo descontraído, incomum em nossos dias, mas que ainda existem. Isto depois de combinarem dia e horário, como manda a regra da boa educação.
O dono da casa abre a porta, os dois se cumprimentam, o amigo entra e se sentam no sofá da sala.
Assim que se sentam, antes de qualquer assunto, o telefone celular, que já estava na mão quanto o amigo abriu a porta, toca aquele sinalzinho irritante de mensagem chegando. O visitante pega o telefone e começa a digitar. Terminada a digitação, começa a conversa, animada, com o assunto que o levou ali, no caso de uma questão específica, ou sobre amenidades, no caso de só um bate-papo cordial.
Cinco minutos depois, o sinal do telefone toca novamente, ele novamente olha e, sem dizer nada ao amigo que o está recebendo, volta a digitar. Esta situação se prolonga por um bom tempo, sem que a pessoa se dê conta do quanto está sendo inconveniente e até mesmo sem educação com quem está do seu lado.
A conversa presencial é interrompida várias vezes, para dar lugar a outra, ou outras, vindas de uma, ou duas, ou três pessoas on-line, não tem como saber. E quem está com o telefone não percebe que existe uma pessoa à sua frente, conversando com ele, sendo obrigada a interromper uma frase ao meio, enquanto ele digita algo que ele não sabe o que, com alguém que ele não sabe quem.
Situações como esta se tornam a cada dia mais corriqueiras, e quem as pratica se torna a cada dia mais sem noção do que está fazendo. Está ficando comum presencial e virtual se entrelaçarem, de uma forma que extrapola não apenas a falta de educação, como o limite de civilidade.
Parece coisa boba, “frescura” de quem se incomoda com isto, mas não é. Deixar o telefone celular na bolsa ou dentro do carro quando está em um compromisso é o mínimo que uma pessoa educada deve fazer. Não importa se o compromisso é algo mais sério ou um simples bate papo, nossa obrigação é darmos atenção àquele com quem estamos.
“Pode ser alguma coisa importante”, é sempre o argumento. Se for importante, não custa pedir licença, responder e depois voltar ao assunto presencial, ou, melhor ainda, não levar o telefone. Nada é tão importante que não possa esperar duas horas ou um pouco mais. E, se for, resolver antes de sair ou quanto voltar. O que está acontecendo, é que as pessoas estão dando preferência ao virtual, e muitas vezes se tornando refém dele.
O aparelho celular, assim como outros itens em nossa vida, existem para a nossa comodidade, e não para virarmos escravos dele. Sendo assim, melhor seria nem sair de casa.












