“Adversário não precisa ser inimigo”, escreve Valdete Braga em sua nova crônica

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Por Valdete Braga Publicado em 07/10/2020, 17:21 - Atualizado em 22/02/2021, 15:27

As eleições estão batendo à porta, e o tema toma conta da internet, mais especificamente nas redes sociais. Não poderia ser diferente, uma vez que as campanhas presenciais não acontecerão este ano, devido à pandemia do corona vírus, assim, os candidatos se organizam em apresentações virtuais.

Estamos nos adaptando a esta nova realidade, que ao que tudo indica permanecerá pós-pandemia, e vamos aprendendo a lidar com ela, assistindo os candidatos, ouvindo suas propostas e opiniões e acompanhando os debates virtuais.

Em nossa cidade, temos muitos candidatos, principalmente para o poder legislativo. A variedade é positiva para a escolha, mas é essencial que esta variedade não resvale para o baixo nível nas campanhas. Honestidade, probidade, nobreza de caráter são fatores essenciais a qualquer candidato, tanto a prefeito quanto a vereador, mas o trato com o eleitor e com os adversários políticos também o é.

Que as discussões políticas não se tornem brigas. Uma ou outra elevação no tom de voz, durante as discussões, é compreensível. Somos humanos e às vezes “o sangue ferve” mesmo, e não é porque a pessoa está se candidatando a um cargo público que ela deixa de ser humana, muito pelo contrário, é nesta hora que sua humanidade precisa ser mais exercida.

Porém, tomara que este tom não seja exagerado ou recorrente, tomara que neste pouco tempo de campanha todos se mostrem educados e respeitosos para com seus colegas candidatos. Que o partidarismo não extrapole o bom senso e a educação seja a tônica nas discussões. Que os cabos eleitorais e eleitores também sigam esta linha. Que candidatos e apoiadores façam sua campanha pelo convencimento e não pela agressão verbal.

Adversário não precisa ser inimigo, e para enaltecer alguém não é necessário desmerecer ninguém. Claro, todos querem vencer, e todos fazem sua campanha baseada no que acreditam e - assim espero - no que tenham intenção de cumprir, mas isto pode perfeitamente ser feito sem agressões.

Não são bons chavões como “não reeleja ninguém” ou “vamos trocar todo mundo”, assim como também não é bom o oposto, como “não vote em quem nunca fez” ou “não eleja quem nunca esteve lá”. Radicalismo nunca é bom, de um lado nem do outro. O candidato pode já ter experiência política e ser muito bom, como pode nunca ter exercido um cargo público e se mostrar excelente na primeira vez que eleito. Que as campanhas, agora virtuais, nos mostrem o perfil de cada um, experiente ou iniciante, e que nossa escolha seja pelo melhor.

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