“Todo artista começa do zero”, um poema de Antoniomar Lima
Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduado em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, visa percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana.”
Todo artista começa do zero
Todo artista começa do zero,
Ninguém nasce pronto.
A construção se desenha
Tijolo por tijolo…
Urge não cessar a caminhada,
Uma hora a coisa emplaca.
Ser confiante na proposta
Requer determinação, pois,
É necessário combustível
Para cada passo despendido.
É preciso ir avante…sabendo
Que os óbices virão.
Todo artista começa do zero,
O pontapé inicial precisa
Ser dado rumo ao sol.
Semear o sonho se faz mister
Para a colheita aspirada.
Que seja breve o desânimo
E sirva para acionar o ímpeto
Dum renascimento vigoroso.
Acertar o alvo demanda
Tempo. Tudo tem seu tempo.
Assim como o astro-rei
Das manhãs incessantes,
Mesmo envolto em nuvens,
A esperança nasce em nós.
Não importa a passagem
Do tempo, importa seguir,
Pois, hão de vir bons ventos.
Momentos solitários,
Inaceitáveis, difíceis,
Tiremos proveito,
Fazem parte do cotidiano.
O artista começa do zero.
Se tens algo para dizer,
Põe a carta na mesa,
Não segure o xeque-mate.
No tempo certo tudo se encaixa,
Tudo começa do zero,
Tudo parte do nada,
Rumo a algum lugar…
Laudate Dominum
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