Prosa na Janela: “Sobre saudade e amor”, por Roberto dos Santos

Leia mais um conto inédito de Roberto dos Santos para o JVA.

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Por Roberto dos Santos Publicado em 13/01/2025, 14:45 - Atualizado em 13/01/2025, 18:58
A escrita de Roberto dos Santos, colunista cativo do JVA, transita entre a prosa, o conto e a crônica. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

Faz dois minutos que foi embora e já sinto saudade do seu sorriso, do seu jeito de andar , do som da sua voz,  da sua morenice.

Menina mulher , dos passos miúdos, cabelos na altura dos ombros, da pinta no rosto, dos olhos bonitos, olhar cativante, às vezes com um toque de timidez.

Eu sei o seu nome que com poucas letras se escreve, grandeza que não se mede, uma mulher para se amar. Ombros bonitos adornados por um tecido preto, ás vezes azul, ás vezes rosa, sendo a cor apenas um detalhe. Pele que sugere maciez, andar simétrico, simplicidade no existir.

Todos os dias eu experimento a saudade, mas não consigo medir a sua intensidade, apenas percebo que é imensa. É uma saudade tão profunda que até nos meus sonhos ela se faz presente.

Sob o domínio do meu inconsciente, me dedico incansavelmente à busca da imagem mais encantadora de uma mulher. Enquanto sonho, impulsionado por uma ousadia sem limites, te convido a contar as estrelas do céu, uma a uma, desejando que esse instante se eternize, ciente de que elas são infinitas.

Então decubro que você não é a saudade, a saudade é a falta de você, logo busco uma forma de estar com você, pois assim derrotarei essa saudade que me consome toda vez que não te tenho ante as minhas vistas.

Sinto uma profunda falta de você, mas quando te vejo, essa saudade se apaga, não sei o que fazer, e me vejo perdido em admiração. Meu coração dói, meu olhar encontra a essência da deusa do amor, a minha deusa. Porém, ao te ver partir novamente, a saudade retorna intensamente, novas emoções me envolvem, meu coração se aperta, e lágrimas escorrem incessantemente, preenchendo-me de tristeza, embora uma centelha de esperança permaneça viva na expectativa de reencontrá-la.

Descubro, então, que a saudade não é você em si, mas a falta de você, a ausência que deixas. Logo, busco maneiras de estar ao seu lado, pois sei que apenas assim poderei vencer essa saudade que me consome sempre que não te vejo à minha frente.

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