Prosa na Janela: Leia “A Encantadora Sophia”, por Roberto dos Santos

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 20/10/2022, 18:10 - Atualizado em 20/10/2022, 18:11
Foto – Roberto dos Santos. Crédito – Arquivo pessoal. Siga no Google News

Assim que a OMS (Organização Mundial da Saúde) caracterizou a COVID-19 como uma pandemia, houve uma corrida para comprar máscaras e álcool em gel, itens que sumiram das prateleiras das farmácias e supermercados para aparecer posteriormente cotados a preço de ouro. Mas não é isso que desejo falar nos escritos a seguir, e sim de Enrico que ficou sabendo que Sophia tinha em seu comércio máscaras de pano para vender.

Quando ele chegou para comprar as máscaras foi atendido por Sophia que lhe recebera com um lindo sorriso e uma voz melódica que o fez apaixonar-se instantaneamente.

Enrico era tímido e embora quisesse prolongar o momento puxando assunto, ficou paralisado com a beleza e simplicidade de Sophia. Despediu-se dela e saiu pela rua levando suas máscaras recém-compradas e cheio de esperança de num outro momento poder reencontra-la.

Os dias que seguiram foram de muito sofrimento para ele, a saudade povoava seu coração e a ausência de Sophia em sua vida lhe distanciava da felicidade.

Ele passou algumas vezes na rua que ela morava só para conseguir vê-la nem que fosse um pouquinho, mas embora alternasse os horários ele nunca conseguiu vê-la. Mas a imagem de Sophia não saia de sua cabeça e às vezes ele fechava os olhos e na sua imaginação Sophia parecia real.

Numa manhã de domingo em setembro de 2020, Enrico sentou-se no jardim de sua casa e ficou observando os pássaros cantando entre os hibiscos. O céu estava nublado, mas sem indicativos de que iria chover.

De repente uma rosa vermelha lá no canto do muro chamou a atenção de Enrico, e como que hipnotizado fixou seu olhar na linda flor e ficou a pensar em Sophia. Reacendia a chama do amor motivada pela delicadeza e beleza da singela e bela rosa.

Pela cabeça de Enrico passava flashes onde Sophia aparecia sempre linda. Ele gostava do olhar, da simplicidade e do som da voz de Sophia que ele ouviu apenas uma vez. Os cabelos da bela mulher também foi um pensamento que se formou. Num dado momento pensou nos cabelos presos envoltos e domados por presilhas, deixando o rosto de Sophia bem a mostra revelando detalhes como os brincos nas orelhas. Foi uma imagem que lhe provocara sorrisos e contentamento.

As nuvens que escondiam o sol, de repente se dissiparam parecendo querer desperta-lo ao incidir sobre ele com furor.

Ele então abriu os olhos e entristeceu. Percebera que os acontecimentos vividos há poucos minutos eram delírios de amor provocados pela presença de Sophia que ocupava grande parte de si. Era uma visão tão real que ele chegava a sentir a presença de sua amada.

O desafio passou a ser reencontrar Sophia e dizer do amor que sentia. Torcer que ela aceitasse caminhar pelas estradas do amor e saber quanto dele havia dentro dela, já que para ele Sophia representava uma fração considerável do seu existir.

Enrico ainda não havia falado para Sophia do seu amor, mas sonhava com esse momento. Estava aprendendo a lidar com a timidez, para que ao encontra-la rasgasse seu coração e colocasse para fora todo amor que lhe queimava o peito.

Seu principal desejo era ver Sophia de cabelo preso, como se desenhara anteriormente em seu pensamento. Seria a realização de um sonho poder contemplar aquele rosto bonito.

Você quer namorar comigo? Certamente seria essa a pergunta que Enrico faria a seguir.

Um Comentário

  1. Mirtes Perucci 20/10/2022 em 21:25- Responder

    amei!!!😍

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