Ao longe se ouvia o som dos instrumentos que ditam o ritmo no carnaval em Ouro Preto. Era o ensaio dos blocos e escolas de samba que se preparavam para a grande festa.
Os acordes carnavalescos ecoavam em todos os cantos da cidade, e não tinha aquele que se continha diante daquele melódico ritmo. Corpos balançam suavemente no ritmo do batuque, vozes ecoavam entoando marchinhas e sambas enredo. Os ares ouro-pretanos já estavam tomados pelo carnaval à sua porta.
Mas num canto da cidade, lá pelos lados do Bairro Bauxita, a cena mais bonita de um carnaval que ainda nem tinha chegado. Era certo que os sons da cidade ecoavam por lá, mas não era esse o destaque a considerar.
Na rua em frente ao IFMG – Instituto Federal de Minas Gerais, uma linda mulher estava prestes a passar diante da suntuosa instituição. O nome não importa agora, porém a presença dela não pode passar sem as devidas considerações. Enquanto o samba ritmado ecoava vindo da parte histórica da cidade, a linda mulher seguia no mesmo diapasão.
A confusão do momento era saber se o samba era o motivo daquele gingado suave e encantador ou se constitua apenas a trilha sonora daquele momento indescritível.
Ela vinha num caminhar elegante, e sem que os pés saíssem do chão seu corpo bailava numa leveza como se fosse um beija flor em pleno voo. Leve como uma pluma ela desfilava beleza, sutileza e carisma. Ela e seu sorriso enfeitava aquele cantinho de Ouro Preto. Os cabelos descansavam em seus ombros como que os acariciando. O jeans, a blusa, o tênis que compunham sua indumentária embora simples se moldavam perfeitamente aos contornos do seu corpo.
E o samba não cessava, o vento bem característico da cidade de Ouro Preto, era o encarregado de espalhar os sons aos cantos centenários da cidade monumento mundial.
Mas esse vento por um descuido talvez, trouxe a chuva. O samba não parou, mas a linda mulher foi embora em busca de abrigo, e o Bairro Bauxita ficou menos bonito a partir daquele instante.
E a musa do meu carnaval foi embora deixando para mim só o samba que mesmo ritmado não sintonizava as batidas do meu coração.
Mas os dias intensos de carnaval estavam por vir e eu esperava encontra-la entre os foliões, mas se isso não acontecesse não tinha problema, ela já estava em mim.
Mas se acontecer de eu avista-la a desfilar na praça Tiradentes nos dias de carnaval eu vou dizer:
Lá vem ela, a musa do meu carnaval.
texto maravilhoso ,ouro preto tem uma magia romântica em tudo que se vê adoroooo parab