Ela parecia um anjo, seu nome era Heloise, era delicada, carismática, simpática, afável e linda. Todos gostavam dela.
Eu não resisti aos seus encantos e ousei um pouco mais. Quis saber o que ela tinha de tão especial que cativava tanto as pessoas. Era certo que se tratava de algo imperceptível aos olhos menos sensíveis. Mas acho que fui longe demais.
Nessa busca pelos saberes ocultos acerca de Heloise fui envolvido por forças ocultas iguais as que eu procurava entender.
Eu me apaixonei instantaneamente quando meu olhar encontrou o dela. Foi como se fosse um relâmpago a me atingir em cheio. Todo meu corpo tremia, uma inexplicável sensação comandava meus sentidos.
Numa fração de segundos eu parecia ter chegado ao coração dela, experimentado o néctar do amor e retornado a realidade inebriada pelo mais belo e puro amor.
Aquela mulher linda de mechas brancas no cabelo além do bem que emanava em suas ações, tinha uma beleza muito além do seu corpo bonito.
Depois daquele insight que me fez conhecer seus dotes interiores, meus sentidos me levaram a vislumbra-la por inteiro, num plano geral. Então eu vi um sorriso lindo do tamanho do amor, adornado por um batom vermelho que dava cores aos seus lábios delicados. O olhar simples e bonito eu não soube explicar, faziam meus olhos verterem lágrimas e meu coração bater descompassadamente.
Que rosto lindo tinha Heloise refletia toda a beleza que transbordava de seu interior.
Sem falar dos brincos em suas orelhas, um toque a mais nessa inconfundível beleza.
E eu me apaixonei perdidamente, mas também não tinha como não apaixonar.
Descobri posteriormente que a linda mulher amava os cãezinhos, o que aumentou ainda mais o meu fascínio por ela.
O dia que a encontrei, não sei se por acaso ou por um capricho do alto, foi o dia mais feliz da minha vida. Ela caminhava margeando a Rua Padre Rolim em direção ao centro da cidade de Ouro Preto entendi aquele momento como a oportunidade que eu esperava.
Aproximei cheio de medo e me declarei. Ela estava linda, ou melhor, ela era linda o tempo todo e a toda hora. Naquele momento eu descobri que um minuto é um ciclo que demora a passar, foi o tempo que ela tardou para entender que eu estava falando sério. Após um penetrante olhar ela beijou-me. Um beijo adocicado como mel, um abraço que desejei nunca mais acabar.
Esse foi o primeiro dia dos que ainda nos faltava viver.
Eu casei com Heloise porque eu queria viver para sempre com ela.
Eu, ela e a felicidade.
Parabéns, Robertinho por saber expressar um romantismo autêntico que está ficando esquecido na atualidade, continue carregando esta essência!