Leia “A partida de Pelé, Rei do Futebol”, por Antoniomar Lima

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Por Antoniomar Lima Publicado em 30/12/2022, 12:58 - Atualizado em 30/12/2022, 12:58
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Antoniomar Lima é graduado em Letras (licenciatura em Língua Portuguesa) pela UFOP e já publicou dois livros de poesias. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

Desde de 1994 quando da morte de Ayrton Senna, no grande prêmio de Mônaco, o Brasil não teve uma perda tão significativa como agora com o passamento de Edson Arantes do Nascimento, Pelé, rei do futebol.

Digo significativa porque no mundo do esporte, assim como Ayrton Senna, Pelé, é a personalidade brasileira mais conhecida, internacionalmente falando.

Nenhum outro ser humano fez com a bola nos pés o que esse mineiro de Três Corações conseguiu fazer. Ele fazia de um lance simples uma grande jogada, única e incomparável, era a marca do rei sendo imortalizada.

Há seres iluminados, seres que nascem para brilhar naquilo que se dedicam e foram vocacionados que, com o passar do tempo, têm a oportunidade de mostrarem o seu talento. Essa situação aconteceu com Edson Arantes do Nascimento, que se tornou quem se tornou reconhecidamente o rei do futebol mundial, de forma quase unânime.

As jogadas que os jogadores de futebol fazem hoje, ele, Pelé, já fazia. Alçando com isso a fama de rei do futebol por ter ganhado três copas do mundo, ter feito gols em todos os fundamentos do esporte: cabeça, pé direito, pé esquerdo, de falta, de bicicleta, de pênalti, no qual fez seu milésimo gol.

Certamente, um ou outro jogador aparecerá, talvez apareça algum que se aproxime ou mesmo supere os feitos de Pelé nas quatro linhas, entretanto, somente ele, unicamente ele será lembrado de ter sido o primeiro a ultrapassar a barreira do normal, isto é, de ter feito todas as jogadas que fez e que hoje qualquer jogador faz, mas não com a marca genial de um rei.

Nenhum outro brasileiro levou o nome do Brasil tão longe como o rei Pelé, que fez até com que cessasse a guerra civil, em 1969, na Nigéria, em uma das excursões do Santos Futebol Clube pela África. 

Nada mais justo do que ter a sua memória reverenciada pelo seu país de origem, apesar de reconhecer seu cosmopolitismo. Isto é, de saber que o mundo inteiro também reverencia.  

O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade escreveu: "O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé."

A tua partida deixará saudade nos corações dos verdadeiros amantes do futebol, que nos gramados do infinito céu continues brilhando mais ainda, Pelé, eterno rei do futebol!

Laudate Dominum

“Coisas do Cotidiano”

Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduando em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, busca percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana.”

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