Hoje temos nos grandes centros uma imensa população de moradores de rua, e as autoridades sequer têm o quantitativo desta população de excluídos sociais.
O que se sabe, pois é publico e notório, é que estamos sentados em um verdadeiro barril de pólvora, pronto a explodir em algumas ocasiões. Grande parte desses moradores de rua são portadores de doenças mentais, viciados em drogas e em sua maioria, cidadãos expostos a situações que podem acarretar Transtornos de Estresse Pós-Traumático, devido aos perigos e dificuldades de se sobreviver nas perigosas ruas dos grandes centros e capitais do país.
Diante de um quadro tão grave, é de se prever que eventos como surto psicóticos, perda de controle e explosões de violência urbana venham a acontecer, pois além de todas as intemperes que atingem os sobreviventes das ruas, ainda existem as demandas criminais que os cercam, pois onde existem as comunidades ou grupos de ruas, também subsistem o tráfico de drogas e comércio de objetos roubados.
É sabido também que muitos criminosos se camuflam entre moradores de rua para praticar esses roubos e traficar drogas, sem serem notados pela população e agentes de segurança publica.
Soma-se a este quadro sombrio o alto número de portadores de doenças contagiosas e sexualmente transmissíveis, muitas já consideradas erradicadas na cidade, mas que ainda atingem os excluídos, sendo algumas dessas com uma alta facilidade de transmissão, como através de uma simples venda de mercadoria em um sinal de transito.
Diante de um quadro tão grave, torna-se imperativo que as autoridades iniciem uma ampla política publica de acolhimento e tratamento dessas populações de rua, que certamente não despertam o interesse de nossos governantes, por não serem eleitores e cabos eleitorais, ou mesmo não pagarem impostos, ficando renegados nas sarjetas invisíveis de nossas ruas até que um novo ataque venha chamar a atenção.
Sobre o autor
É Perito em Criminalística e Psicanálise Forense, Comentarista e Especialista em Segurança Pública, com mais de 1.000 participações para os maiores veículos de comunicação do Brasil e do Exterior. Presidente do Instituto de Criminalística e Ciências Policiais da América Latina, Presidente do Conselho Nacional de Peritos Judiciais da República Federativa do Brasil, membro ativo da International Police Association e Presidente da Comissão de Segurança Pública da Associação Nacional de Imprensa.
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