Opinião | Leia “Pelo Sim, Pelo Não”, por Antoniomar Lima

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Por Antoniomar Lima Publicado em 25/08/2021, 17:44 - Atualizado em 25/08/2021, 17:44
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Antoniomar Lima é graduado em Letras (licenciatura em Língua Portuguesa) pela UFOP e já publicou dois livros de poesias. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

Os britânicos (ingleses) têm fama de serem pontuais, coisa que no Brasil seria inviável. Falar em pontualidade no Brasil é extremamente complicado. Isso não significa que somos piores ou melhores quando exercemos nossos compromissos coletivos e individuais, trata-se de uma tradição que para eles tem grande significado, assim como temos os nossos por aqui e de igual modo em outros países.

No Brasil, o horário britânico definitivamente como dizemos por aqui “não cairia como uma luva”. Claro que temos consciência dos horários que firmamos os nossos compromissos cotidianos, mas não há necessidade de exagerarmos. Digo para não exagerarmos, pensando nos imprevistos que, vez por outra, podem ocorrer, pois nenhum ser humano tem bola de cristal para prever o futuro e, assim, tomar os cuidados necessários e eficazes para evitar que algo dê errado. 

Enfim, pelo sim ou pelo não, é de bom alvitre que sigamos com os nossos costumes, pois a nossa realidade é distinta dos outros países. Assim como eles, também cultivamos valores e costumes que herdamos dos nossos antepassados.  

Não temos a fama de sermos pontuais como os britânicos. Mas, do nosso jeito, em surdina, discretamente, mesmo sem fama, vamos cumprindo nossos direitos e deveres.

Não acredito que na Inglaterra ninguém chegue atrasado ao trabalho, ou mesmo cumpra seus compromissos religiosamente e rigorosamente em determinado horário.

Será que por lá não existem imprevistos? Que a estrutura social funciona de tal forma que não deixa brecha para falhas e tudo ocorra dentro de determinado horário, de modo preciso?

Creio que a pontualidade britânica só funcionou no Séc. XVIII, durante a revolução industrial - e, nesse caso, é compreensível, sabermos porquê! -  quando espalharam por lá relógios em todos os locais para que as pessoas pudessem se adaptarem aos seus horários e compromissos, hoje em dia, não creio que esse costume ainda esteja em voga, desconfio que a única coisa que restou foi a fama, pois, os tempos são outros.

Laudate Dominum

"Coisas do Cotidiano"

Em "Coisas do Cotidiano", o escritor, poeta e graduando em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, busca percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana”.

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