Na Coluna Contra o Vento: “Patric, ame-o ou deixe-o” com Brunello Amorim

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Por Tino Ansaloni Publicado em 15/03/2016, 09:21 - Atualizado em 15/03/2016, 09:21
Por Brunello Amorim Graduando do Curso de Jornalismo da UFOP” – Universidade Federal de Ouro Preto Há um mês não encontro tempo para escrever sobre o Galo cá neste espaço. Já vou pedindo desculpas ao leitor que sentiu falta e também para aqueles que não sentiram. Neste meu período sabático, muita coisa mudou. Clayton, uma das revelações do Brasileirão 2015, foi contratado. Já estreou e fez gol. Dátolo já voltou de lesão e voltou para lesão. Robinho fez hat-trick, viajou para o Chile, foi picado por um inseto na coxa. Inflamou, infeccionou e com febre não jogou no empate sofrido contra o Colo Colo. Porém, tem um detalhe que não mudou durante este tempo. O Patric titular. Seja de lateral direito, esquerdo ou ponta-esquerda, está lá o Patricão da Massa. No clássico contra o América, foi capitão. Mostra que tem moral com o nosso técnico Aguirre. Mais que isso! Tem o respeito e admiração do elenco atleticano. O difícil é explicar como em um elenco tão forte, recheado de estrelas, o contestado vira titular absoluto. Tudo começou quando o Galo venceu o Melgar, no Peru. Patric fez o belo gol da virada depois de perder alguns gols e alguns passes e algumas arrancadas. Depois do tento, ele empolgou e correu para dois na altitude de Arequipa até o final. Está aqui a grande virtude do nosso anti-herói. Se falta qualidade técnica, sobra raça e vontade de vencer. Não basta para ser titular do Galo. Contudo, nós atleticanos ortodoxos, passionais em demasia, logo chamávamos nosso polivalente atleta de Deustric. No jogo seguinte no Horto, contra o Independiente Del Valle, nos arredores do estádio a máscara do Patric era a mais cara para ser comprada. E dentro do caldeirão centenas de alvinegros vestiam o adereço com o simpático sorriso do jogador. Neste jogo, ajudou na marcação e não comprometeu no ataque, ficando até o final da partida com o Hyuri, ponta-esquerda de ofício, no banco. O grande problema é que o Patricão da Massa é irregular demais. Precisa de dez oportunidades no ataque para acertar uma. Quase sempre é esbaforido com a bola nos pés e mata um ataque. Na finalização de média e longa distância não tem bom aproveitamento. Aguirre tem suas convicções e o mantém titular, mas a Massa sabe que não dá mais. Sim, sim. Ele é carismático. É polivalente. É aguerrido. É comprometido. Sim, Patric é tudo isso. Mas nós temos Cazares, Robinho, Dátolo e o Clayton. Nenhum desses podem ficar no banco de reserva e não ficariam em time nenhum do Brasil. Já o Patric ficaria, inclusive no Galo. Se o tal jogador bom de grupo, chavão do mundo do futebol, realmente existe, que ele seja bom para o grupo no banco de reservas. Na atual conjuntura, o Galo merece mais qualidade técnica na ponta-esquerda. Posto tudo isso, acredito até que o Brasil tem jeito. Acredito no amadurecimento da democracia tupiniquim e até que teremos uma oposição disposta a ajudar o país e não a piorá-lo ou pará-lo em benefício próprio. Acredito até que um dia casos de corrupção serão investigados, seja lá de qual grupo político ou de qual posição social. Só não dá para acreditar no Patric titular. Patricão, não me leve a mal, mas lhe deixo no banco.

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