Leia ‘Casamento tóxico, a laranja não é mecânica’, na coluna “O Reverso do Óbvio, por Sarah Tempesta

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 04/06/2019, 11:33 - Atualizado em 04/07/2019, 23:35
Sarah Tempesta é bióloga, colunista no site Global Sustentável e está sempre em busca do reverso do óbvio. Siga no Google News

Casamento tóxico, a laranja não é mecânica, ou seja, é impossível conviver, compartilhar e construir uma vida com alguém que te torture emocionalmente ou manipule psicologicamente, as chamadas relações abusivas.

Em relações doentias, onde um casal acostuma-se ao cárcere privado de uma relação, e consensualmente limitam-se apenas a delimitar um casamento tóxico, as conseqüências também afetam outras pessoas, ocasionalmente pessoas próximas ao casal ou até mesmo os filhos de um casal inserido em uma relação tóxica, intoxica a todos!

A laranja não é mecânica, e nunca será, se fosse as pessoas poderiam programar e diagramar seus casamentos. Antigamente dizia-se, todos têm a sua metade da laranja ou cada um tem a tampa de sua panela… evidentemente essas frases quase didáticas e pedagógicas se faziam presente em tempos remotos quando o casamento era uma instituição, uma instituição social, familiar e financeira.

O casamento é a união saudável (psicologicamente saudável), e de pessoas com objetivos muito positivos em relação à vida!

Os casamentos que trazem ou trouxeram cicatrizes emocionais, não interessa mais em um mundo moderno com muitas opções de uma boa vida, que se pode viver individualmente.

Reconhece-se um casamento tóxico quando se instala a manipulação, abuso, ciúme, competição ou apatia total, na maioria das vezes o casal adoece juntos, em raros casos uma das partes percebe que é tolhido, esmagado e transformado em outra pessoa, sente-se severamente desconfortável e separa-se, e a separação traz uma nova vida e outros relacionamentos que podem ser gratificantes.

Não se coloque nunca à disposição de alguém, esteja sim disposto a estar junto e transformar a cada dia a relação em um conjunto de transformações prazerosas e edificantes. Ao perceber que você é um estranho para si próprio, você foi intoxicado, faça a opção pela sua sanidade mental e pela sua liberdade de escolhas, quando você está em uma relação tóxica, os males se multiplicarão para aqueles que convivem com você. Desista disto ao perceber, se coloque no mundo de uma maneira em que você esteja inteiro e capaz de alertar e ajudar pessoas que estejam em relacionamentos abusivos.

Reflita: 30% dos casamentos no Brasil, terminam por degradação das relações devido às relações abusivas. (Fonte ONU Mulheres)

Repense: case-se por amor, mas também por amizade e confiança, confie em si mesmo para ser justo e bom para a outra pessoa, confie na pessoa que você escolheu para casar e construir uma vida.

As relações podem ser quase perfeitas, se o respeito a individualidade, e respeito aos espaços físicos e emocionais forem um aprendizado constante.

Não aceite nada mecanicamente, seja acessível e coerente. Seja feliz, humanamente feliz!

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