Leia “A Política e o Cotidiano”, por Antoniomar Lima

Em sua coluna "Coisas do Cotidiano", o escritor, poeta e graduando em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, percorre “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana”.

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Por Antoniomar Lima Publicado em 07/06/2021, 10:47 - Atualizado em 07/06/2021, 10:47
Antoniomar Lima Já publicou dois livros de poesias pela UFOP. Crédito – Arquivo pessoal. Siga no Google News

Nunca tive empatia com a política, e creio até que muita gente que está lendo a presente crônica comunga comigo essa mesma opinião, apesar de saber que ela faz parte do nosso cotidiano e que, por mais que tentemos nos esquivar dela, ela sempre se apresenta nas mais variadas e mínimas coisas.

É como convivermos com uma pessoa que não simpatizamos, mas que somos, peremptoriamente, obrigados (as), a reconhecer que ela também tem seu valor, sua influência, direta ou indiretamente, no contexto do cotidiano.

Na verdade, muita coisa em política, muita gente sabe só de “ouvir falar”. Não leem, não se informam e nem procuram saber de sua procedência. Em outros casos, há pessoas que não teem o mínimo interesse em saber de nada disso. Ou no mínimo, buscam se distanciar sem saber que a política é implacável e, aninha-se nos mais impensados detalhes do nosso cotidiano.

As coisas são dinâmicas. Tudo muda, independente de nossa vontade. E, na política não é diferente. Nós, seres humanos, temos em volta de nosso pescoço a corda invisível da política, mesmo ignorando-a, como muitos (as) de nós fazemos.

Quando nascemos ela já estava, arbitrariamente, implantada pelos nossos antecessores na terra, com seus olhos e corações cheios de cobiça nos bens que Deus nos deixou de graça e que, no entanto, foram tomados e repartidos por pessoas egoístas e sedentas de poder que não pensaram nas gerações futuras, a não ser, na expansão de ideologias mercantilistas, ignorando, principalmente as pessoas mais pobres e mais vulneráveis, deixando-as a ver navios, sem as mínimas condições de manterem os seus lares, condignamente.

Por isso, que até o presente, os mais pobres penam, fragorosamente, sem leis que os amparem e lhes dê segurança quanto a um futuro de boas perspectivas.

A política ainda não conseguiu o milagre da equivalência entre as classes. Por isso, que junto a minha voz as outras vozes, pedindo que todas as coisas que estão escritas nas leis se tornem realidade e que todas as pessoas venham, de fato, desfrutar de uma sociedade justa e igualitária.

Finalizo a crônica de hoje com a seguinte pergunta: "será que, algum dia, isso acontecerá na face da terra?”

Laudate Dominum!

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