Como se candidatar ao primeiro emprego se sempre pedem experiência?
Veja alguns passos para se inserir no mercado de trabalho
A colocação no mercado de trabalho brasileiro é um desafio grande para a maioria das pessoas. Quando se trata do primeiro emprego, este desafio é maior ainda, visto a falta de experiência da maioria dos jovens.
Segundo a Organização Internacional do trabalho (OTI) o índice de jovens desempregados é mais do que o dobro quando se considera pessoas entre 16 e 25 anos. Enquanto o Brasil bateu a marca de 12,4% da população desempregada em 2019, entre os mais novos este número chega a 30%.
O principal questionamento desta parcela da população vai de encontro a um problema estrutural, onde a maior parte das empresas exige experiência mas para se obter experiência é preciso que haja oportunidade. E assim, os jovens permanecem em sua maioria fora do mercado de trabalho.
Importante citar também que como a demanda por vagas é muito maior que a oferta, há vários profissionais experientes procurando emprego ou recolocação, o que prejudica ainda mais quem busca o primeiro emprego.
Então o que fazer, neste cenário que não apresenta soluções para essa parcela da população?
Não confunda o privado com o público
Primeiramente, é importante entender a responsabilidade do público e do privado nestas questões. Ao público, conforme Constituição nacional, cabe a criação de oportunidades de qualificação, treinamento e aperfeiçoamento, assim como inserção da população jovem em projetos que apontem para um futuro profissional. Cobrar dele tais medidas é primordial, e não se pode abrir mão disto.
Mas quando a vaga ofertada é do setor privado não adianta exigir a contratação de profissionais sem experiência, se assim a empresa decidir. Claro, é importante considerar exceções, como quando uma empresa privada afeta diretamente uma parcela da população com seu cotidiano (exemplo de mineradoras) e precisa fornecer uma contrapartida ao município. Nestes casos, o poder público pode, junto com a empresa, criar políticas para inserção de primeiro emprego.
Porém os casos gerais são de decisão da empresa.
Mas isto não significa que quem procura um primeiro emprego não possa consegui-lo. Vejam as dicas de como fazer logo abaixo.

A falta de experiência profissional não pode significar falta de informação
Um dos erros mais comuns de quem procura o primeiro emprego é o currículo.
Por muitas vezes, o fato de não se ter trabalhado de forma registrada, ou ainda não possuir qualquer experiência profissional faz com que o candidato preencha apenas seus dados pessoais, informando logo abaixo “primeiro emprego” ou “sem experiência”.
Preencher desta forma, para a maior parte das empresas, é uma maneira de desclassificação imediata, visto que não há nada a se considerar do candidato a não ser nome e dados pessoais.
Pense da seguinte forma: a empresa recebe vários currículos em cada processo seletivo, e a primeira seleção é feita a partir da existência de algum conteúdo sobre o concorrente. Se não há nenhum, provavelmente ele será eliminado na primeira etapa. Mas então, como resolver isso?
A resposta é um currículo informativo.
O primeiro passo é reunir experiências extraprofissionais e relatá-las de maneira ordenada e com afinidade ao cargo pretendido. Não possuir experiência profissional não pode ser motivo para não se ter cursos, palestras e outras atividades explicitadas no currículo. E é bom lembrar que não é necessário investimentos financeiros para vários deles, uma vez que portais como Sebrae, Rock Content, Pronatec, Uaitec oferecem cursos com certificados e duração excelentes para quem deseja alguma formação teórica.
Não se esqueça disso: exigir uma primeira oportunidade tem suas obrigações, e a principal delas é aprendizado.
Outra dica são os serviços sociais. Em Ouro Preto, por exemplo, instituições como Rede Cidadã, Lar São Vicente de Paula e Apae aceitam voluntários para auxílio nos serviços internos, palestras temáticas e muito mais. Esta é uma ótima oportunidade de se aprimorar e ainda incluir em seu currículo estes serviços. As empresas consideram sempre estas informações.
Uma outra dica, é a atuação como freelancer, enquanto conquista experiência para seu currículo. Freelancer é o profissional sem vínculo empregatício, mas que pode comprovar seus trabalhos através de quem o contrata. A internet possui vagas de redator de artigos, tradutor, designer, promotor de vendas online e no dia a dia é possível encontrar fotógrafos, panfleteiros, vendedores externos que atuam desta forma.

Diferencie-se desde o primeiro momento
Imagine você indo atrás do seu primeiro emprego. Sem experiência profissional anterior e com um diploma “fresco” em mãos. Você estará no mesmo patamar de muitos outros procurando uma primeira oportunidade.
Desta forma, diante de tamanha concorrência, será escolhido o profissional que apresentar diferenciais. Mesmo que eles sejam mínimos.
Alguns diferenciais importantes, e que muitos não consideram são: um perfil completo no Linkedin, com todas suas referências; redes sociais com informações relevantes e equilibradas (aliás, considere que 90% das empresas pesquisam as redes sociais de um candidato antes de o contratar, e perfis polêmicos, com apologia a temas preconceituosos, machistas ou à bebida e drogas são excluídos automaticamente).
Pergunte-se sempre, como autoavaliação o seguinte: “Se um empregador pesquisar o meu nome no Google, o que irá aparecer?” Pense nisto. É muito melhor que seu nome esteja relacionado a um artigo relevante compartilhado do que àquela festa com open bar.
Os desafios das profissões do futuro
O mais importante de todas estas dicas é o interesse de quem procura a vaga ao distribuir o currículo. Por isso, não se esqueça: apresente-se pessoalmente e sempre demonstre vontade em aprender e conhecimento sobre a empresa em que entregou seu currículo. Se o envio for através de e-mail, faça sempre uma pequena apresentação do seu perfil, e coloque o currículo anexo, nunca no corpo do texto.
E para finalizar, apesar de clichê, é relevante estar atento às mudanças de mercado, que irão modificar - ou até mesmo fazer desaparecer - várias profissões que hoje ainda empregam. Com isto, também haverão vagas que ainda estão sendo moldadas, alinhadas inclusive com o pensamento da população mais jovem. Por isso, se prepare e conheça as tendências.

Marketing digital para pequenas empresas
Segundo o Google, até o ano que vem, 85% das empresas estarão nas mídias digitais, o que cria não apenas oportunidades de emprego como necessidade das empresas em se diferenciar do concorrente. Para isto, o marketing digital deixa de ser uma expectativa e se torna uma ferramenta extremamente útil para qualquer profissional.
Pensando nisto, a ACEOP está com inscrições abertas para o curso de Marketing Digital, que acontece em 4 encontros (dias 1, 3, 8 e 10 de outubro) no Salão Nobre da Associação. O curso tem carga horária de 12 horas e acontece através do programa Empreender e apoio do Al-Invest 5.0. Para fazer a pré-inscrição clique aqui e faça seu cadastro.
Cortesia - Assessoria de Comunicação/ACEOP
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