Somos impotentes diante das forças da natureza. Temos poder de nos controlar, mas não temos esse mesmo poder quando se trata das forças externas, como é o caso das da natureza. Diante delas não passamos de reféns quando elas se manifestam.
Estamos presenciando essa situação com as chuvas que estão caindo nos últimos dias na região dos inconfidentes onde elas têm causado tantos transtornos e prejuízos materiais.
Se por um lado, há o lado benéfico de abastecimento dos reservatórios, por exemplo; por outro, as catástrofes se fazem presentes, e aí que constatamos o quanto somos frágeis, o quanto somos impotentes.
Diante disso, só nos resta rezar para que os prejuízos não sejam tão grandes.
Por mais que nos preparemos e tomemos providências que estão ao nosso alcance, parece que nessas horas, tudo que fizemos não passaram de paliativos, pois todo ano a história se repete.
Quem somos nós quando a natureza pede passagem? O seu espaço é sagrado e já passou da hora de sabermos disso. Nessa hora, uma série de reflexões – tomara que elas nos sirvam de lições! - toma conta da cabeça da gente: ‘o que posso fazer para amainar o sofrimento das pessoas que estão sofrendo com essa situação?’, ‘eu poderia estar no lugar dessas pessoas!’. Obviamente, há outras reflexões pertinentes para o momento delicado que estamos passando por conta das catástrofes naturais.
A natureza antes de reagir manda sempre seus avisos, avisos esse que, talvez, passem despercebidos por nós. Mas que manda, manda. Os povos primitivos sabiam disso e nós, parece que não herdamos essa percepção e seguimos sofrendo...
Ela, a natureza, não reage e nem reagirá da forma que pensamos. Estamos constantemente nos equivocando, subestimando a sua aparição e atuação. E, por isso, estamos passando por esses perrengues que não aprendemos como lidar e tenho lá minhas dúvidas se (re)aprenderemos.
Uma coisa é certa: somos obrigados a nos adaptar e ano a ano ver a mesma história se repetir toda vez que a natureza vier nos dar o seu incansável recado para respeitá-la e tratá-la com mais zelo e amor.
Laudate Dominum
“Coisas do Cotidiano”
Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduando em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, busca percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana”.
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