Todo mundo, ou quase todo mundo tem alguma opinião sobre alguma coisa. Mas por incrível que pareça há opiniões que pesam mais que outras, mesmo que muitas destas sejam sem cabeça nem pés.
Por exemplo, a opinião de uma pessoa comum não é tão influente quanto à de uma pessoa famosa -, apesar de, vez por outra, alguém reavivar o discurso de que todas as opiniões são importantes. Sabemos que não é bem assim. Há um abismo que envolve, na prática, a realidade desse discurso.
Existem opiniões que precisam passar pelo crivo do tempo para se saber se alcançam algum prestígio no imaginário popular; outras já chegam chegando, sem pedir licença, mesmo correndo o risco de evaporarem na mesma velocidade que chegaram; e outras mais, que chegam de leve, desacreditadas e acabam atingindo o topo pela originalidade.
A opinião de uma pessoa comum dificilmente tem um alcance que abale as estruturas ideológicas da sociedade. Talvez, essa pessoa incomode o seu restrito e anônimo ciclo de relações, mas certamente não terá uma repercussão abrangente como à opinião, por exemplo, de uma pessoa famosa que tem a seu favor o seu prestígio como uma personalidade formadora de opiniões.
Outra coisa interessante ainda a esse respeito é que, uma pessoa comum quando emite sua opinião usando palavrões está longe se comparada com uma pessoa famosa usando os mesmos palavrões. Aqui, no caso, vale literalmente aquele ditado “dois pesos e duas medidas.”
Em outras palavras, enquanto as palavras de uma pessoa comum não têm tanta ressonância socialmente falando; os de uma pessoa famosa têm quase como o efeito de uma bomba que fica ribombando no imaginário, seja de forma positiva ou negativa.
Conhecemos vários exemplos dos casos descritos acima. Mas como vivemos num mundo de contrastes e absurdos, onde não mais nos surpreendemos com as coisas que ocorrem ao nosso redor, palavrões é o de menos diante certas ações...
Laudate Dominum
“Coisas do Cotidiano”
Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduando em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, busca percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana”.
Deixar Um Comentário