Coisas do Cotidiano: leia “Solidão”, por Antoniomar Lima

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Por Antoniomar Lima Publicado em 27/10/2021, 11:42 - Atualizado em 27/10/2021, 11:42
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Antoniomar Lima é graduado em Letras (licenciatura em Língua Portuguesa) pela UFOP e já publicou dois livros de poesias. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

Há aquele momento em que precisamos dar um tempo para nós mesmos, talvez, para nos conhecer melhor seguindo o conselho do filósofo Sócrates ‘conhece-te a ti mesmo’. E, nada melhor do que a solidão para isso, pois no tumulto do cotidiano, de vozes que querem falar ao mesmo como faremos isso?

A solidão não é tão maléfica, dependendo do ângulo de como é vista, ela pode ser um cano de escape para pormos muita coisa em seu devido lugar; fazer aquela reciclagem interior e, mais importante, arrumar nossa casa interior; pondo nela o perfume da renovada esperança e o toque da necessária sensatez.

Esse momento é único e se for bem aproveitado trará grandes benefícios não só para nós, mas também para aqueles que nos estão próximos, pois perceberão que alguma coisa mudou em nosso modo de agir, em nosso modo de falar, enfim, de nos relacionarmos com os outros.

Por outro lado, há aquelas pessoas que não ainda não aprenderam a explorar esse lado da solidão no intento de tirar dela coisas positivas como as que citei acima. Ademais, é incoerente, inconcebível, viver esse momento e focar o lado negativo, isto é, intencionalmente, - com exceção de algum caso patológico - detratar a si mesmo, crer no pior, em algo que foge a sua força e que jamais poderá mudar, estou me referindo às coisas exteriores.

A solidão é o momento em que, ao olharmos os lados negativos, temos a chance de tirarmos o excesso e olharmos com otimismo para o amanhã.  A esse respeito, a palavra santa diz o seguinte: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso, quão grandes serão tais trevas!”(Mateus 6: 22, 23). 

Portanto, urge que olhemos as coisas com mais esperanças, que saibamos preencher os momentos de solidão com coisas que, de alguma maneira, nos serão úteis, de grande valia para nosso crescimento como seres vivos que aspiram, lutam - em seu pequeno espaço -, para fazer desse mundo, um mundo melhor e mais humano.

Laudate Dominum

"Coisas do Cotidiano"

Em "Coisas do Cotidiano", o escritor, poeta e graduando em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, busca percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana”.

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