Coisas do Cotidiano: Leia “Esperar pra Ver”, por Antoniomar Lima
Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduado em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, visa percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana.”
Ontem a princípio a minha intenção era simplesmente fazer caminhada da Vila Serrinha - onde moro -, passando por Passagem até o Catete onde eu pegaria o ônibus para voltar para casa.
Porém, ao término da caminhada, na última hora, resolvemos eu e a minha esposa nos dirigirmos à Praça da Sé, no Centro de Mariana, para assistir o discurso do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que tinha chegado no dia anterior.
Não sei se fiz um bom negócio indo a esse evento que, cá entre nós, foi sofrido pela volta que demos - pois, as ruas principais estavam fechadas e ocupadas por seguranças -, além da espera para passar pelos detectores de metal até finalmente chegarmos ao local onde estava o presidente, tudo isso num sol a pino.
Deixando os entraves de lado. Esta é a segunda vez que tenho oportunidade de ouvir Lula. A primeira foi em Goiânia, Goiás - que não recordo se foi durante o primeiro ou segundo mandato.
Em síntese, ficamos durante quase três horas em pé esperando a vez do presidente falar que, aliás, foi o último da lista.
Ficou por último porque era a maior atração do evento, pois se falasse primeiro obviamente não haveria público para os que viessem depois.
Os discursos foram inflamados, mas os mais prestigiados foram os do Ministro da saúde, Alexandre Padilha e da Mariana Silva, do Meio Ambiente.
Por um momento tive a impressão que estava num recital de poesias, pois foram declamadas poesias de Adélia Prado e Carlos Drummond de Andrade.
Mas o momento, digamos assim, constrangedor, foi quando o prefeito de Mariana, Juliano Duarte, foi vaiado e continuaria caso o presidente Lula não interviesse para que os presentes respeitassem aquele momento. E, assim foi até o fim do evento.
No geral, a vinda de Lula à Mariana foi positiva no que tange a assinaturas de acordos para a reparação dos atingidos pelo rompimento das barragens, além da promessa de construir um hospital Universitário vinculado à Universidade Federal de Ouro Preto para formação de profissionais na área.
Tomara que toda a discurseira não fique restrita ao papel e torne-se realidade, agora é esperar pra ver.
Laudate Dominum
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