Coisas do Cotidiano: Leia “Seleção Natural”, por Antoniomar Lima
Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduado em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, visa percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana.”
Tomara que a parte da teoria de Evolução Natural formulada por Charles Darwin e Alfred Wallace (deste último quase ninguém fala!) que diz ‘os organismos mais aptos a viver em determinado ambiente sejam selecionados’, não se aplica à natureza humana. Se bem que essa ocorrência é comum principalmente quando o assunto é monetário.
A teoria do iminente inglês contradiz a nossa lei magna ‘Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...’.
Então, no nosso caso, não deve haver seleção, deve haver cooperação, empatia, respeito e entendimento para garantir não só a pacífica convivência, mas a afirmação dos nossos direitos e deveres independente de classe social, situação socioeconômica, étnica-racial, religião, etecetera e tal.
A Seleção Natural deve restringir-se somente ao reino dos animais irracionais, que vivem sob leis naturais regidas pelos seus próprios instintos, leis não escritas, mas que funcionam entre eles desde o começo do mundo.
Ao contrário das nossas que, mesmo que muitas não funcionem e sejam postas em prática, segundo uma eminente professora que tive, disse que devem estar politizadas, isto é, escritas no papel para um suposto uso, a qualquer hora, que só Deus sabe quando.
Se Darwin ao formular essa teoria estivesse se referindo ao poder econômico na sociedade humanas (como dito acima) não lhe daríamos razão, pois essa desigualdade podemos dizer que não faz parte de uma seleção natural, mas de uma desigual, fruto das ambições dos que detém o poder, do sistema capitalista que nos escraviza e mantêm cativos por intermédio de leis.
Que seleção natural é essa que não tem nada de natural, mas provém de mecanismos superficiais forjados por muitos virtuais representantes que na verdade ao chegarem ao poder só se lembram de representar a si mesmos, levado por interesses e benesses do cargo?
Nessa seleção quem paga o ônus e sai no “preju” é a maioria que trabalha e ao contrário dos ricos, penam sem quaisquer perspectivas de evolução.
Laudate Dominum
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